Deputado é alvo de operação policial que combate o jogo de bicho em MS

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  • Post publicado:5 de dezembro de 2023
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O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) realizou, nesta terça-feira (5), a Operação Sucessione, que tem como alvo uma organização criminosa que disputa o monopólio do jogo do bicho em Campo Grande. Entre os investigados, está o deputado estadual Neno Razuk (PL).

Segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, a operação cumpriu 10 mandados de prisão temporária e 13 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande e Ponta Porã. A ação contou com a colaboração do Garras (Delegacia Especializada na Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros).

As investigações do Gaeco revelaram que a organização criminosa é responsável por vários roubos com uso de arma de fogo e em concurso de agentes, em plena luz-do-dia e na presença de outras pessoas, na capital do estado. O objetivo era intimidar e eliminar os concorrentes na exploração do jogo do bicho.

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Deputado Neno Razuk está entre os alvos da operação.

O Gaeco também constatou que o grupo criminoso tem forte influência nos órgãos de segurança pública e conta com a participação de policiais para o desempenho de suas atividades ilícitas. Por isso, a organização é considerada de alta periculosidade.

Entre os alvos da operação, estão Neno Razuk e quatro assessores parlamentares, sendo dois deles policiais militares da reserva. Outras oito pessoas ligadas à organização criminosa também foram investigadas.

A Operação

A Operação Sucessione é um desdobramento da apreensão de 700 máquinas do jogo do bicho pelo Garras, no dia 16 de outubro deste ano, em uma casa no Bairro Monte Castelo. Na ocasião, o major da reserva da Polícia Militar, Gilberto Luiz dos Santos, o G Santos, foi flagrado no local. Ele trabalha como assessor de Neno na Assembleia Legislativa e permaneceu no cargo após o flagrante.

O nome da operação faz referência à disputa pela sucessão do controle do jogo do bicho em Campo Grande, após a prisão de Jamil Name e do filho, acusados de integrar uma organização criminosa e explorar o jogo do bicho na cidade, na Operação Omertà, em setembro de 2019.

Com a saída da família Name do cenário, o jogo do bicho voltou a ser alvo de disputa em Campo Grande.

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