O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS) emitiu um boletim de monitoramento que alerta para o nível crítico de risco de incêndios florestais em cinco unidades de conservação de Mato Grosso do Sul. Essas áreas são protegidas pelo poder público e abrigam importantes ecossistemas.
As unidades de conservação que estão sob risco são: Área de Proteção Ambiental Estrada Parque Piraputanga, Área de Proteção Ambiental Rio Cênico Rotas Monçoeiras, Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari, Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro e RPPN Poleiro Grande.
Dessas, as duas últimas já registraram focos de fogo e estão recebendo ações de combate e prevenção do poder público. O Imasul atualiza o boletim a cada três dias e leva em conta as condições climáticas da época.
O risco de incêndios florestais é maior no bioma Pantanal, que teve um aumento de 95,8% na área queimada em 2023, em comparação ao ano de 2022, segundo dados do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima).
Entre os municípios com os maiores focos de calor no Pantanal, destaca-se Corumbá (74,8%), Aquidauana (12,8%) e Porto Murtinho (10%), conforme dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Até a segunda-feira (13), o fogo havia consumido 489.950 hectares do bioma em Mato Grosso do Sul, cerca de 6,7% do território, de acordo com dados do Lasa/UFRJ (Laboratório de Aplicações de Satélites da Universidade Federal do Rio de Janeiro).
O fogo ameaça a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos do Pantanal, considerado Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco.