Um menino de 2 anos, identificado como Apollo Gabriel, morreu após ficar cerca de 6 horas trancado em uma van escolar na Vila Maria, zona norte de São Paulo, nessa terça-feira, 14 de novembro. O dia foi um dos mais quentes da história na capital, com temperaturas acima de 37°C. O motorista e a assistente da van foram presos por homicídio doloso.
Apollo deveria ter sido deixado na escola às 7 horas, mas o motorista Flávio Robson Benes, de 45 anos, e a assistente Luciana Coelho Graft, de 44, esqueceram o garoto no veículo, que ficou estacionado em uma garagem até o meio da tarde. Eles só perceberam o que aconteceu por volta das 15h30, quando encontraram a criança desacordada no banco de trás.
O motorista levou o menino para o Hospital Municipal Vereador José Storopolli, conhecido como PS Vermelhinho, na Vila Maria, mas ele já chegou ao local sem vida.
A polícia prendeu o motorista e a assistente na delegacia. Eles vão responder por homicídio doloso, quando há intenção de matar ou se assume o risco de causar a morte. A polícia solicitou exames ao Instituto Médico Legal (IML) e aguarda o resultado dos laudos. O caso foi registrado no 73º Distrito Policial de São Paulo, no Jaçanã.
A suspeita é que Apollo tenha morrido devido ao forte calor que fez em São Paulo nessa terça-feira. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas de São Paulo (CGE), a tarde foi de calor intenso, com termômetros em média dos 37,3°C, e os menores valores de umidade relativa do ar próximos aos 21%.
A avó de Apollo, Luzinete Rodrigues dos Santos, disse que o neto foi vítima de irresponsabilidade e que a família lutará por justiça. “Quem cuida de criança tem que ter o máximo de responsabilidade”, afirmou.