Nuvem de cinzas cobre topo da Serra do Amolar no Pantanal

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  • Post publicado:11 de novembro de 2023

Corumbá (MS) — Uma nuvem gigante de cinzas foi registrada na Serra do Amolar, região do Pantanal, nesta sexta-feira (11). O fenômeno climático, conhecido como Dust Bowl, é causado por fortes queimadas que ocorrem no lado Mato-Grossense, na divisa com o Estado de Mato Grosso do Sul. Um vídeo, capturado pelo sistema de segurança do IHP (Instituto Homem Pantaneiro) “Pantera”, mostra a tempestade de cinzas se aproximando no bioma.

Segundo o presidente do Instituto, Ângelo Rabelo, a nuvem evidencia o caos que a parte de Mato Grosso enfrenta.

“É assustador. Estava voando pela região e é gigante. Dá medo. Estamos mantendo o monitoramento com o Prevfogo na Serra do Amolar, mas perdeu-se o controle em MT no Parque Estadual do Encontro das Águas e está vindo para MS”, disse.

A região sofre com os incêndios que voltaram a atingir o parque nesta semana. As chamas, que haviam sido controladas em outubro, voltaram a eclodir entre Poconé e Barão de Melgaço. Na primeira vez, o fogo durou mais de 20 dias e queimou 23,6% da área do parque, que equivale a 25.488 hectares de vegetação.

O Dust Bowl já ocorreu em 2020 na Serra do Amolar, que fica na divisa entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A área é composta por cinco reservas particulares, mais outras nas fazendas, que são interligadas ao Parque Nacional do Pantanal.

Na quarta-feira (8), equipes de brigadistas de Corumbá, se deslocaram para a área da Serra do Amolar, por volta das 5h30, devido à fumaça no local. Os focos também foram identificados pelo sistema Pantera, do IHP.

Serra do Amolar

Para chegar à Serra do Amolar, parte remota do Pantanal sul-mato-grossense, onde o Estado se aproxima da divisa com o vizinho Mato Grosso, é preciso seguir por cerca de seis horas de embarcação a partir de Corumbá, navegando contra a correnteza do Rio Paraguai.