Corumbá (MS) — A última semana expôs o caos enfrentado no sistema municipal de educação em Corumbá. A desvalorização profissional e a deterioração da infraestrutura das unidades escolares, levaram os trabalhadores de Educação do Município a realizarem uma paralisação de três dias, para cobrar o executivo municipal por melhores condições de ensino.
Os problemas, não param de surgir e nesta sexta-feira, 27 de outubro, pais de alunos que estudam na Escola Municipal Rural do Paraguai-Mirim e Extensões, procuraram a reportagem do Folha MS para denunciar mais um descaso da administração pública com o ensino público, desta vez, na região das águas.
Alunos da unidade, estão há uma semana sem aulas, devido à falta de transporte escolar. O motivo, seria que a prefeitura não forneceu combustível para embarcação que faz o transporte de alunos e professores.
Conforme relatado, a situação não é nova e estaria sendo motivo de preocupação quanto ao aproveitamento do ano letivo dos alunos que, por outras vezes, também tiveram as aulas suspensas por problemas na embarcação e até atraso na entrega de merenda escolar.
Sem água e alimentos estragados
Outro problema relatado pelos familiares, é referente a falta de oferta de água refrigerada aos alunos, que tem se tornado uma grande dificuldade, especialmente nos últimos meses em que as temperaturas ultrapassaram a marca dos 40º graus em Corumbá.
Em relação à alimentação fornecida, os pais relataram que muitas frutas, verduras e legumes, destinados para merenda de seus filhos, chegam na escola, sem condições de utilização.
Os produtos seriam, segundo informações, destinados pela Prefeitura de Corumbá, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), feito junto a produtores familiares da cidade. No entanto, a demora e burocracia para o envio dos alimentos para as escolas mais afastadas, fazem com que grande parte desses produtos cheguem estragados na escola.
Sem resposta
A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Corumbá, questionando os fatos narrados pelos pais de alunos, bem como se existe um prazo para resolução do problema de transporte e refrigeração da água na unidade. Também questionamos como ficaria o calendário letivo dos alunos na unidade para fins de recomposição do calendário, mas até o fechamento desta matéria não recebemos nenhum retorno.
O espaço segue aberto para maiores esclarecimentos à população e comunidade escolar.
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