O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o país não precisa do horário de verão em 2023. Ele disse que os reservatórios das hidrelétricas estão cheios e que o suprimento de energia está garantido.
O horário de verão é uma medida que adianta os relógios em uma hora durante alguns meses do ano, visando aproveitar melhor a luz natural e economizar energia elétrica. No entanto, o governo federal acabou com o horário de verão em 2019, após constatar que ele não trazia benefícios significativos para o consumo de energia.
Em entrevista no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (27), Silveira explicou que o horário de verão só seria adotado se houvesse risco de desabastecimento de energia no país. “Por enquanto, não há sinal nenhum nesse sentido. Estamos com os reservatórios no melhor momento dos últimos 10 anos”, disse.
O ministro também informou que o governo monitora a situação das usinas térmicas, acionadas quando há necessidade de complementar a geração hidrelétrica. Ele destacou que o desafio é equilibrar a contratação de energia mais barata e a garantia do suprimento. “O país tem tranquilidade na geração de energia”, afirmou.
Apesar da posição do governo, alguns setores da sociedade defendem o retorno do horário de verão. É o caso dos empresários de bares e restaurantes, que alegam que a medida aumenta o movimento dos clientes e gera mais empregos.
O horário de verão foi criado em 1931 e vigorou por quase 90 anos no Brasil, com algumas interrupções. A última edição foi entre 2018 e 2019. Além da questão energética, o governo também considerou os estudos da área da saúde que mostraram os efeitos negativos da mudança no relógio biológico das pessoas.