Onda de calor e baixa umidade do ar desafiam a saúde em Mato Grosso do Sul

onda de calor em Mato Grosso do Sul
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  • Post publicado:19 de setembro de 2023
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Mato Grosso do Sul enfrenta uma situação climática crítica nos próximos dias, com uma onda de calor e temperaturas que podem ultrapassar os 40°C além de umidade do ar abaixo de 20%. Essas condições, é resultado de um bloqueio atmosférico e do fenômeno El Niño, que aquece as águas do oceano Pacífico e provoca uma intensa onda de calor no Estado.

Segundo o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), o bloqueio atmosférico impede a entrada de frentes frias e de chuvas na região, favorecendo o aumento da temperatura e a redução da umidade. O El Niño, por sua vez, altera a circulação dos ventos e influência o clima em diversas partes do mundo.

Com essa combinação, Mato Grosso do Sul pode registrar a maior temperatura do ano nos próximos dias. Até agora, a marca mais alta foi de 40,7°C, em Pedro Gomes, no dia 17 de setembro de 2023. Na mesma data, outras cidades também registraram valores elevados, como Água Clara (40,6°C) e Porto Murtinho (40,3°C).

A baixa umidade do ar também preocupa as autoridades e a população por poder variar entre 10% e 20%, principalmente nas regiões Pantaneira, Sudoeste e Norte do Estado. Esses índices são considerados críticos pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que recomenda um mínimo de 60% para o bem-estar humano.

O médico e responsável clínico pelo Ciatox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica), Alexandre Moretti de Lima, alerta para os riscos à saúde causados pelo tempo seco e quente. Ele explica que essas condições favorecem o surgimento ou o agravamento de doenças respiratórias e virais, como rinite, sinusite e pneumonia.

“Isso impacta nas doenças respiratórias, como rinite, sinusite e, às vezes, até pneumonia. É um grande risco para a saúde, principalmente para a saúde respiratória. Além disso, também aumenta a chance de doenças virais. Os vírus predominam nessa situação”, afirma.

Moretti também ressalta que as altas temperaturas podem provocar insolação, queimadura aguda e desidratação na pele, além de alterações cardíacas e até morte. “Quando a gente perde líquido, perde também eletrólitos e pode sofrer arritmia cardíaca, alteração da condição cardíaca e morte”, diz.

Para evitar esses problemas, o médico recomenda alguns cuidados simples, mas essenciais: beber bastante líquido, evitar exposição ao sol nos horários mais quentes e secos do dia, usar roupas leves, ficar em lugares frescos e ventilados e umidificar os ambientes com umidificadores de ar ou baldes de água.

Ele também orienta evitar banhos demorados e muito quentes, por ressecarem a pele, e evitar todo excesso de calor ou de frio.

“Como a gente não consegue mudar a natureza, devemos evitar sair durante esses períodos, evitar os picos de altas temperaturas e exercícios extenuantes”, conclui.

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