Só má gestão justifica cidade com quase R$ 1 bilhão de orçamento não ter ambulância | Opinião

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  • Post publicado:12 de setembro de 2023
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Corumbá (MS) — Depois de um feriado prolongado de terror na saúde corumbaense, a população ainda procura uma justificativa plausível para que, a quarta maior cidade do estado, com a terceira maior arrecadação de Mato Grosso do Sul, necessite, por diversas vezes, emprestar ambulância, de cidade menor, com recursos bem mais escassos, para fazer o transporte de seus pacientes até a capital do estado.

Na verdade, a única, e mais sensata resposta é a má gestão dos recursos públicos na atual administração municipal, que tem a frente o Prefeito Marcelo Iunes e seus secretários.

Festas populares, e a empregabilidade de “amigos” e parentes, com altos salários, além da maciça presença de comissionados na administração pública, oneram os cofres do município que, saturado em gastos supérfluos, não possui margem para investimentos em áreas de maior necessidade.

Roda de samba
Enquanto assegura recursos para festas, município sofre com falta de ambulâncias e até medicamentos na rede pública de saúde

Definitivamente, as prioridades da Administração Pública em Corumbá estão invertidas. Enquanto os recursos para compra de ambulâncias são simplesmente esquecidos, por mês, o prefeito Marcelo Iunes assegura, e já chegou brigar até na justiça, para manter um gasto de quase R$ 4 milhões de reais mensalmente, com seus apadrinhados e servidores comissionados.

O gasto é tão grande e feita de maneira tão desenfreada que, em maio deste ano, após extrapolar os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal no que diz respeito ao gasto do poder executivo com pagamento de pessoal, a Prefeitura de Corumbá será obrigada a adotar medidas severas para se enquadrar na legislação e evitar sanções que poderão penalizar ainda mais a cidade.

A própria prefeitura na época admitiu, que a despesa com pagamento de pessoal da prefeitura foi de R$ 375,8 milhões, ou seja, 54,66% de tudo o que o município arrecadou no período.

Mas não foi por falta de aviso que o atual prefeito Marcelo Iunes teria descumprido a lei, e colocado o município sob alerta e risco de impedimentos para o recebimento de recursos e repasses.

Desde do seu primeiro mandato, as nomeações em massa promovidas pelo chefe do poder executivo, incluindo nomes de parentes em linha direta e indireta, foram alvos de recomendações do Ministério Público e até ações judiciais que buscavam reparar as ilegalidades cometidas durante a gestão do seu mandato.

Apesar dos alertas dos órgãos de fiscalização, o crescimento desenfreado de nomeações de servidores, especialmente comissionados, continuou em ascendência e chegou ao seu ápice, ainda durante o período eleitoral.

Para se ter uma breve noção de como a “coisa anda”, no último mês, o Portal da Transparência apontou a presença de 557 servidores comissionados e de livre nomeação, aqueles colocados sendo necessário apenas a indicação e assinatura do prefeito ou de seus secretários.

E para manter este pesado aparato pessoal, as mesmas pessoas que sofrem com falta de medicamentos, atendimento médico e o tão falado transporte de UTI móvel, desembolsaram R$ 3.616.709,29 (Três Milhões, seiscentos e dezesseis mil, setecentos e nove reais com vinte nove centavos), para garantir o salário dos comissionados de Iunes.

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