Com novo PAC, Defesa terá R$ 53 bilhões em tecnologias para garantir soberania nacional

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  • Post publicado:12 de agosto de 2023
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Em cerimônia realizada nesta sexta-feira (11), no Rio de Janeiro, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, lançou o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Durante o evento, que contou com a participação do Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, o Governo Federal detalhou a iniciativa, que prevê investimentos de R$ 53 bilhões no eixo Defesa, um dos nove contemplados no programa. Por meio da iniciativa, serão investidos, ao todo, R$ 1,7 trilhão em todos os estados.

Os recursos destinados à Defesa serão utilizados para equipar o país com tecnologias de ponta e aumentar a capacidade de defesa nacional, além de fortalecer a Base Industrial de Defesa (BID), gerando mais empregos e renda. Atualmente, o setor representa cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) e gera 2,9 milhões de empregos, diretos e indiretos. O eixo Defesa do PAC abrange projetos estratégicos para as Forças Armadas, como equipamentos navais, terrestres, aéreos e sistemas integradores.

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Confira abaixo os programas estratégicos contemplados no eixo Defesa do novo PAC:

Marinha:

Programa Nuclear da Marinha (PMN) – Construção da Planta Nuclear Embarcada (PNE) do Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN). Como objetivos intermediários, serão desenvolvidos e obtidos o Laboratório de Geração Nucleoelétrica – LABGENE, que é o protótipo em terra da PNE, e a infraestrutura do Ciclo do Combustível.

Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) – Construção no País do primeiro Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN). Além disso, o Programa contribui para o aprimoramento e inovação da Força de Submarinos da Marinha do Brasil (MB), com a construção de quatro Submarinos Convencionais de Propulsão Diesel-Elétrica. Também está previsto a continuação das obras do Complexo Naval de Itaguaí (RJ)

Programa de Desenvolvimento de Navios-Patrulha (PRONAPA) – Construção de navios patrulha, que serão desenvolvidos e construídos a nível nacional, para emprego em ações de inspeção naval e na fiscalização de águas interiores, do mar territorial, da Zona Contígua e da Zona Econômica Exclusiva (ZEE).

Projeto Fragatas Classe Tamandaré – Promover a renovação da Esquadra com a construção no país de quatro navios modernos, de alta complexidade tecnológica. As fragatas serão escoltas versáteis de significativo poder combatente, capazes de se contraporem a múltiplas ameaças e destinadas à proteção do tráfego marítimo, podendo realizar missões de defesa, aproximada ou afastada, do litoral brasileiro.

Exército:

Programa Estratégico Força Blindada – Obter viaturas blindadas sobre rodas e sobre lagartas, além dos seus subsistemas componentes, como os sistemas de armas e comunicações, contribuindo na transformação da Infantaria Motorizada em Mecanizada (Inf Mec), na modernização da Cavalaria Mecanizada (Cav Mec) e da Infantaria e Cavalaria Blindadas (Bld).

Programa Estratégico ASTROS – Contribuir para a organização da artilharia de mísseis e foguetes do Exército Brasileiro (EB), possibilitando o aparelhamento da Força Terrestre com um sistema de apoio de fogo estratégico de longo alcance e de elevada precisão, capaz de empregar foguetes guiados e mísseis táticos de cruzeiro a um alcance de 300 Km, o que contribuirá para o fortalecimento da capacidade dissuasória do Brasil.

Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON) – Equipar o Exército com meios necessários para o monitoramento e o controle da faixa de fronteira terrestre brasileira, com o apoio de sensores, processadores e atuadores, entre outros meios tecnológicos.

Programa Aviação do Exército – Manter a aviação do Exército atualizada, face aos modernos meios e formas de combate existentes, contribuindo para a dissuasão extrarregional; para a ampliação da projeção do EB no cenário internacional; para o desenvolvimento sustentável e para a paz social.


Aeronáutica:

FX-2 – Reequipar a frota de aeronaves militares de combate, para proteção do território nacional e manutenção da soberania do espaço aéreo brasileiro. A iniciativa prevê a aquisição/produção de aeronaves de caça multiemprego (F-39 Gripen NG), a fim de ampliar a capacidade da FAB no cumprimento das tarefas de Controle Aeroespacial, Interdição, Inteligência, Reconhecimento e Proteção da Força, entre outras. O projeto contempla, também, os periféricos necessários para suporte e emprego do equipamento com capacidade de combate de última geração.

KC-390 – Desenvolver e adquirir aeronaves de transporte multimissão, tipo cargueiro, para a realização de missões de transporte aéreo logístico (tropa e carga) em território nacional e/ou global, reabastecimento, evacuação aeromédica e combate a incêndio em voo, bem como a adequação da infraestrutura das bases aéreas para suporte e operação desses equipamentos.

KC-X – Aquisição de aeronaves para missões de reabastecimento em voo, transporte aéreo logístico (carga e passageiros), ações humanitárias e evacuação aeromédica, nacionais ou internacionais. São as maiores já operadas pela FAB, com elevada capacidade para transporte de carga e para percorrer grandes distâncias.

Transporte e Reabastecimento – Conversão das aeronaves de transporte A330-200 da FAB para reabastecimento em voo, com preparo para evacuação aeromédica, além de materiais, equipamentos e serviços.

HX-BR – Aquisição de helicópteros de médio porte destinados à tarefa de sustentação ao combate e de interdição, bem como para missões de treinamento, podendo ser utilizados, também, em ações humanitárias, de integração nacional e cívico-sociais. Além disso, o projeto prevê aquisição de armamentos específicos para helicópteros, sistemas de integração, suporte logístico, simuladores de voo e transferência de tecnologia na área de aeronaves de asas rotativas.

TH-X – Aquisição de helicópteros leves para instrução na FAB, e instrução e operação em ambientes marítimos na MB. Os equipamentos irão substituir e padronizar as frotas de helicópteros leves da FAB e da MB, propiciando o aumento da interoperabilidade e a efetividade do emprego.

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