Corumbá registrou a primeira morte por leishmaniose visceral em 2023. A vítima foi uma bebê de 1 ano e 9 meses, que morava no bairro Guatós. Ela foi internada na Santa Casa de Corumbá no dia 1º de julho com sintomas como febre, palidez, vômito e baixa contagem de plaquetas. Ela não resistiu e faleceu no dia seguinte. O exame que confirmou a doença foi divulgado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) no dia 3.

A leishmaniose visceral é uma doença causada por um protozoário chamado Leishmania chagasi, que é transmitido pela picada de um inseto conhecido como mosquito-palha ou flebotomíneo (Lutzomyia longipalpis). O inseto pode infectar pessoas e animais, principalmente cães. A doença é grave e pode levar à morte se não for tratada a tempo.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Corumbá, este ano foram notificados 37 casos suspeitos da doença, sendo 33 descartados, 3 confirmados e 1 em análise. A secretaria alerta para a importância do diagnóstico precoce, que pode garantir a cura na maioria dos casos. A secretaria também realiza ações de conscientização sobre a prevenção da doença, como o controle do vetor, o cuidado com o meio ambiente e a guarda responsável dos animais domésticos.

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) oferece testes rápidos para os cães que apresentem sinais da doença, como febre, apatia, emagrecimento, lesões na pele, conjuntivite, paralisia das patas traseiras, sangue nas fezes e unhas grandes. Os donos devem levar os animais ao CCZ para realizar o exame.

A secretaria orienta ainda que as pessoas que apresentem sintomas como febre prolongada, perda de peso, fraqueza, anemia, aumento do baço e do fígado procurem uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico e o tratamento adequados.