O Projeto de Decreto Legislativo 15 de 2023, que reconhece o tereré como patrimônio imaterial e cultural de Mato Grosso do Sul, foi aprovado por unanimidade na sessão desta quinta-feira (29) na Assembleia Legislativa. A proposta é de autoria do deputado Junior Mochi (MDB), que destacou a relevância histórica, cultural e social da bebida para os sul-mato-grossenses.
Segundo o parlamentar, o tereré é uma tradição que vem de gerações e que estimula a integração, a confraternização e a amizade entre as pessoas. “O tereré é um símbolo da nossa identidade, da nossa cultura e do nosso modo de vida. É uma bebida que nos une e nos representa”, disse Mochi.
O tereré é uma infusão de erva-mate gelada, consumida em um recipiente chamado guampa ou cuia, com uma bomba metálica. A origem do tereré é paraguaia, país que em 2020 conseguiu o reconhecimento do tereré como Patrimônio Imaterial da Humanidade pela ONU (Organização das Nações Unidas) e pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
Mochi afirmou que se inspirou nessa conquista do Paraguai para propor o mesmo reconhecimento para o tereré em Mato Grosso do Sul. Ele lembrou que o município de Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, já havia declarado o tereré como patrimônio imaterial e cultural local.
“Eu achei que era justo e necessário fazer o mesmo pelo nosso estado, pois o tereré é algo que faz parte do nosso cotidiano, do nosso dia a dia, e não há nada mais característico e presente no hábito dos sul-mato-grossenses do que o tereré”, explicou o deputado.