Vacina contra chikungunya é segura e eficaz já após 1ª dose, diz estudo

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O Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (LACEN) está realizando exames para identificação do novo coronavírus (COVID-19)
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  • Post publicado:13 de junho de 2023

Um estudo publicado na revista The Lancet mostrou que uma vacina contra a doença chikungunya, causada por um vírus transmitido por mosquitos, é segura e induz uma resposta imunológica forte após uma única dose.

O ensaio clínico de fase três, realizado com mais de 4 mil adultos saudáveis nos Estados Unidos, revelou que a vacina VLA1553 produziu anticorpos neutralizantes que protegeram contra a infecção em 99% dos participantes. Esses anticorpos se mantiveram em mais de 96% dos vacinados após seis meses.

A vacina também foi bem tolerada pelos voluntários, com a maioria dos efeitos adversos sendo leves ou moderados, como dor de cabeça, fadiga e dor muscular. O perfil de segurança da vacina foi semelhante ao de outras vacinas licenciadas, segundo os pesquisadores.

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A doença chikungunya provoca febre, dores articulares e musculares severas, náuseas e fadiga. Não há vacinas aprovadas nem tratamentos antivirais específicos para a doença, que pode se tornar crônica em alguns casos. A doença é endêmica em algumas regiões da África, Ásia e América, e pode causar surtos repentinos.

A autora principal do estudo, Martina Schneider, diretora de Estratégia Clínica da Valneva, empresa que desenvolveu a vacina, afirmou que o imunizante pode ser o primeiro disponível para prevenir a chikungunya em pessoas que vivem ou viajam para áreas endêmicas ou em risco de surto.

“Os nossos resultados promissores mostraram uma boa persistência dos níveis de anticorpos após a vacinação, o que é importante tendo em conta que os surtos de chikungunya podem recidivar subitamente. Como a idade é um fator de risco para a gravidade e mortalidade da doença, a forte resposta imunológica observada em participantes mais velhos pode ser particularmente benéfica”, disse Schneider.

Os pesquisadores ressaltam que o estudo não foi realizado em áreas onde a chikungunya é endêmica e que, por isso, não puderam avaliar se a vacina protege contra a doença subsequente. Eles também destacam que a taxa de abortos espontâneos observada na população que recebeu a VLA1553 foi ligeiramente superior à esperada na população em geral, mas que isso pode ser um achado casual e não relacionado à vacina.

O estudo VLA1553-301 faz parte de um programa clínico global da Valneva para obter a aprovação regulatória da vacina em vários países. A empresa espera solicitar o registro da vacina na Europa e nos Estados Unidos no final deste ano.