Alertado pelo IHP (Instituto do Homem Pantaneiro) e produtores rurais, o governo de Mato Grosso do Sul suspendeu a execução de estrada boiadeira em Corumbá, no Pantanal, para adequação da obra. As mudanças serão para incluir mais passagens de água. Sem a reformulação, a obra acabaria embargada pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS). A estrada de 45 quilômetros vai da Ponte do Rio Taquari ao entroncamento com a MS-214.
De acordo com o titular da Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, a decisão foi tomada durante reunião com o governador Eduardo Riedel (PSDB) e com o secretário que comanda a Seilog (Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística), Hélio Peluffo.
“Realmente, foi identificado que é necessário fazer maior número de passagens de água. Nós suspendemos essa obra e a Seilog já iniciou a marcação de onde serão necessárias as passagens. Da forma que estava sendo produzida, ela criava barramento. Mas nós já conciliamos isso e o Hélio [Peluffo] já está iniciando estudo para fazer as marcações aonde serão feita as passagens de água. É correta essa indicação”, afirma Verruck.
Proprietários rurais procuraram o governo para reafirmar o interesse na estrada, mas que o modelo de execução resultaria na inundação de um dos lados. A implantação da rodovia de acesso à Ponte do Taquari tinha previsão de término em 9 de agosto.
A obra, realizada pela empresa ALS, já teve execução de 74,21%, que corresponde a investimento de R$ 20.599.097,31. O custo total é de R$ 27.757.359,5.
Para que o caminho ficasse a salvo da inundação, foi feito aterro com três metros de altura. O serviço requereu movimentação de mais de 1,5 milhão de metros cúbicos de terra, mais de 66 mil metros cúbico de cascalho e mais de 1,8 mil metros de dispositivos de drenagem.