Na última terça-feira (9), uma mulher de 20 anos foi conduzida à delegacia em Campo Grande após a descoberta de um caso de maus-tratos contra sua filha de apenas 5 anos. A suspeita é de que a criança estava sendo queimada com bitucas de cigarro pela própria mãe. O caso está sendo investigado pela DEPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente).
A diretora da escola onde a menina estuda foi fundamental para a descoberta do ocorrido. Após a criança chegar à escola com queimaduras de bitucas de cigarro por todo o corpo, a diretora acionou imediatamente a polícia. Ao serem questionadas pelas professoras, a pequena revelou que sua mãe havia sido a responsável por tais agressões, utilizando cigarros acesos para feri-la.
A situação ainda se agravou quando a criança, após ir ao banheiro, retornou à sala de aula com queixas de dores nas partes íntimas. Preocupada, a professora a questionou sobre o que havia acontecido, e a menina revelou que estava sofrendo abusos sexuais por parte de seu tio.
Ao chegar à escola para buscar a filha, a mãe foi abordada pelas professoras, que buscavam esclarecimentos sobre as acusações. A mulher alegou que desde que se mudaram de outro estado, a criança vinha reclamando dessas dores. Ela também afirmou que a menina reside com seu tio, que seria de origem venezuelana.
Diante da gravidade dos relatos, o Conselho Tutelar foi acionado e a mãe, juntamente com sua filha, foram encaminhadas à delegacia. Lá, ela prestou depoimento e as autoridades competentes darão continuidade às investigações.
Nota da Semed
A Secretaria Municipal de Educação (Semed) informa que a unidade escolar, no Bairro Moreninhas, tomou as devidas providências. A professora ao identificar marcas no corpo da criança comunicou a direção escolar, que solicitou a presença da mãe para averiguação e registro em ata de todos os relatos.
O caso foi comunicado e encaminhado junto aos registros da escola para o Conselho Tutelar, que deverá tomar as providências cabíveis.
Ainda, existe o Setor de Acompanhamento de Conflitos Relacionados à Evasão e Violência Escolar (SECOE), que realiza periodicamente cursos de formação continuada com diretores e coordenadores, para que estes saibam identificar os casos de abusos e violência e realizarem as denúncias aos órgãos competentes.