A cantora e compositora Rita Lee, uma das maiores artistas da história da música nacional, faleceu na noite de segunda-feira (8/5), aos 75 anos, em sua casa em São Paulo. Ela lutava contra um câncer de pulmão desde 2021 e estava cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou. A notícia foi confirmada pelos familiares nas redes sociais.
Rita Lee foi pioneira do rock e da afirmação feminina no Brasil, desde que despontou na cena musical com a banda Os Mutantes, na década de 1960, integrando o movimento tropicalista ao lado de nomes como Caetano Veloso e Gilberto Gil. Com os Mutantes, ela participou de festivais e gravou discos que se tornaram clássicos da psicodelia e da experimentação sonora.
Em sua carreira solo, iniciada em 1972, Rita Lee consolidou-se como uma das cantoras e compositoras mais populares e influentes do país, com hits que marcaram gerações, como “Ovelha Negra”, “Lança Perfume”, “Mania de Você”, “Erva Venenosa” e “Amor e Sexo”. Sempre moderna, irreverente e libertária, Rita foi referência de criatividade e independência feminina durante os quase 60 anos de carreira. Ela vendeu mais de 55 milhões de discos e se consagrou como a “rainha do rock brasileiro”, título que ela achava “cafona”.
Rita Lee também se aventurou como atriz, escritora e ativista. Ela atuou em filmes como “Pra Frente Brasil” (1982) e “Didi Quer Ser Criança” (2004), escreveu livros como “Dropz” (2017) e sua autobiografia “Rita Lee – Uma Autobiografia” (2016), na qual relata com humor e sinceridade sua trajetória pessoal e profissional. Ela também se engajou em causas sociais e ambientais, defendendo os direitos dos animais e das minorias.
O velório será aberto ao público, no Planetário do Parque Ibirapuera, na quarta-feira, dia 10, das 10h às 17h. De acordo com a vontade de Rita, seu corpo será cremado. A cerimônia será particular. Nesse momento de profunda tristeza, a família agradece o carinho e o amor de todos.