Campo Grande (MS)- O Grupamento de Escolta Penitenciária (GEP) da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) movimentou mais de 8,1 mil presos nos últimos dois anos em Campo Grande, segundo relatório divulgado nesta semana. As ações do GEP incluem transferências, progressões de regime e escoltas de saúde executadas.
Um dos destaques foi a transferência de 107 internos do Estabelecimento Penal de Cassilândia para diferentes municípios do estado após uma situação de crise em março deste ano. O trabalho da equipe do GEP foi essencial para o andamento da operação, a partir da retomada da ordem e disciplina no local.
O Grupamento foi instituído oficialmente em 8 de abril de 2021, com sua base na capital, e atualmente possui bases nas cidades de Três Lagoas, Dourados e Corumbá. Os trabalhos são realizados por policiais penais capacitados em treinamentos específicos e envolvem também custódias hospitalares e a segurança das muralhas em estabelecimentos penais.
“Para maximização dos resultados, trabalhamos com base em um procedimento operacional padrão, com maior segurança, independente de quem é o interno transportado”, comenta o comandante do GEP na capital, Evandro Mota. “Nosso grande aliado nisso também é a busca constante por treinamentos e aperfeiçoamento profissional”, complementa.
Os serviços de escolta começam no primeiro horário da manhã e, muitas vezes, os presos a serem atendidos são de unidades penais diferentes e tudo com horário pré-estabelecido. Em média, cada viatura roda mais de 150 km por dia.
“Precisamos estar sempre de olhos atentos à nossa volta, não podemos vacilar e a adrenalina só abaixa quando o último preso é devolvido à unidade prisional”, comenta o membro de uma das equipes do GEP, policial penal André Borges.
Para ser integrante do Grupamento, é necessário ter força de vontade, respeito e um tato diferenciado com as pessoas. Além dos custodiados, os policiais penais lidam diariamente com equipe médica, enfermeiros, secretárias, atendentes e a população em geral.
“Então temos como desafio tratar as vertentes de impor a ordem e respeito, além de saber falar com o público em geral com respeito e educação”, explica Borges.