Vereador recorre a deputada e pede retorno do escritório da AHIPAR para Corumbá

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  • Post publicado:11 de abril de 2023

Corumbá (MS)- O vereador e presidente da Câmara Municipal, Ubiratan Canhete de Campos Filho (Bira) iniciou entendimentos com a deputada federal petista, Camila Jara, solicitando apoio para que o escritório da AHIPAR (Administração Hidroviária do Paraguai) retorne a Corumbá, principal cidade pantaneira do Mato Grosso do Sul, banhada pelo Rio Paraguai.

Até bem pouco tempo atrás, a AHIPAR, órgão subordinado ao DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e responsável por desenvolver e implementar as ações de infraestrutura aquaviária nas hidrovias do Paraguai, funcionava em um prédio histórico localizado na Rua 13 de Junho, 960.

O órgão teve seu escritório local fechado e passou a desenvolver suas atividades em Campo Grande, 420 quilômetros de Corumbá. A situação tem gerado reclamações já há algum tempo e ganhou força agora, com a cheia do Rio Paraguai que culminou com o entupimento de vários trechos da bacia hidrográfica do Paraguai, especialmente nas regiões do Castelo e Taquari com o Rio Negrinho, devido ao acúmulo de vegetações aquáticas.

Bira observou que estas e outras situações dependem de atuações emergenciais por parte do órgão responsável pela hidrovia do Rio Paraguai. Por isso mesmo ele iniciou conversações com a deputada, para que a AHIPAR volte ter sua base na maior cidade pantaneira.

Em sua justificativa, o presidente lembrou que o Rio Paraguai é um dos principais da América do Sul, que  nasce na região do Planalto do Mato Grosso, e percorre vários países, incluindo Paraguai e Argentina. Destacou que a cidade de Corumbá se encontra à margem direita, e que a extensão do rio dentro dos limites do Município é de 130 quilômetros.

“Corumbá é um importante centro logístico e portuário para a região do Pantanal, sendo uma das principais portas de entrada para a navegação fluvial no Rio Paraguai. A AHIPAR é responsável pela trafegabilidade do Paraguai, e como o rio possui uma parte significativa de sua extensão dentro de nosso Município, se faz necessário um escritório aqui”, cobrou.

Destacou que, desde o fechamento do escritório local, “todas as vezes que os usuários do sistema de navegação necessitam de auxílio da Administração Hidroviária do Paraguai as soluções se tornam mais lentas, uma vez que hoje, a AHIPAR no estado, está em Campo Grande, longe da realidade vivida pela população que faz uso do Rio Paraguai, gerando problemas econômicos, sociais e estruturais”, enfatizou.