Lacen/MS inicia sequenciamento genômico da tuberculose em parceria com Universidade de Stanford

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  • Post publicado:3 de abril de 2023

Campo Grande (MS)- O Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul (Lacen/MS), em parceria com a Universidade de Stanford – Califórnia, nos Estados Unidos, passará a realizar o sequenciamento genômico de micobactéria da tuberculose (Mycobacterium tuberculosis). O projeto faz parte da Estratégia de Controle da Tuberculose nas Prisões e tem como objetivo auxiliar no entendimento de aspectos ligados à doença e sua transmissão.

O sequenciamento genômico é um método de diagnóstico com potencial e diferentes possibilidades de uso na tuberculose, pois é capaz de detectar mutações de resistência do bacilo e auxiliar nos estudos de transmissão da doença. Além disso, a implementação desse método no Lacen/MS representa um ganho de tecnologia e inovação para o laboratório.

De acordo com o médico infectologista e pesquisador da Fiocruz, Dr. Júlio Croda, responsável pelo estudo, o sequenciamento genômico permitirá uma maior frequência de exames, o que pode ajudar a detectar a tuberculose mais cedo nos pacientes e evitar sua transmissão. O projeto é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde, a Agepen, a Fiocruz, a UFMS e a Universidade de Stanford – Califórnia, nos Estados Unidos.

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“No Lacen é feita a cultura dos casos positivos pelo teste rápido molecular e agora, a partir desse ano, vamos implementar o sequenciamento de micobactéria tuberculose. Vieram três pessoas da Universidade de Stanford que farão um treinamento específico com a equipe do Lacen na próxima semana. Então o Lacen vai estar capacitado e fazendo esse sequenciamento para amostras do nosso projeto, mas também de outras cidades do estado”, esclarece o médico infectologista e pesquisador da Fiocruz, Dr. Júlio Croda

A Estratégia de Controle da Tuberculose nas Prisões apresentou a atualização de dados das pesquisas e cronogramas para o ano de 2023 dos trabalhos desenvolvidos com a população prisional de Mato Grosso do Sul. O projeto tem como finalidade testar novas ferramentas e estratégias de redução da tuberculose nas prisões que possam ser adotadas em todo o Brasil e em outros países.

Segundo o médico infectologista e professor da Universidade de Stanford, Jason Andrews, o objetivo é desenvolver abordagens eficazes que possam ser um modelo global para lidar com as disparidades de tuberculose em populações privadas de liberdade.

“Nosso objetivo é desenvolver abordagens que sejam eficazes e possam ser um modelo global para lidar com as disparidades de tuberculose em populações privadas de liberdade”.