A Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) indiciou, nesta sexta-feira (24), 14 pessoas em Bataguassu, a 335 km de Campo Grande, por fazerem parte de uma rede de exploração sexual de menores. Entre os indiciados, estão ex-vereadores, policiais militares e empresários.
A liderança da rede era a cafetina “Darle Dominical”, de 31 anos, que foi presa em fevereiro durante a Operação “Força e Pudor”, depois de ter sido condenada pelo mesmo crime em 2019.
Segundo a delegada Izabela Borin, titular da DAM, as investigações começaram no ano passado, e apontaram que Darle recrutava menores de idade, entre 14 e 18 anos, e oferecia como “cardápio” aos clientes por cerca de R$ 250.
As meninas faziam os programas em motéis, ranchos e pousadas, e muitas vezes eram constrangidas e forçadas a fazer os programas. Algumas delas não tinham com quem deixar os filhos e eram obrigadas a ir, mesmo sem vontade.
Após a prisão em fevereiro, Darle causou tumulto na delegacia de Bataguassu e foi transferida para Brasilândia, onde chegou a incendiar uma cela. “Não acreditava que seria presa”, disse a delegada. Agora, a Justiça transferiu Darle para o presídio.
As investigações continuam para identificar outros envolvidos na rede de exploração sexual de menores em Bataguassu.