As mulheres chinesas foram proibidas de exibir o corpo, mesmo que a trabalho, em vídeos ao vivo para venda de roupas íntimas nas redes sociais. Agora, para que o conteúdo não seja derrubado, apenas homens podem aparecer vestidos com as lingeries.
Os vídeos com mulheres começaram a ser derrubados pelo algoritmo do país. Segundo a legislação, a aparição de mulheres com lingeries em ações publicitárias é considerada disseminação de “conteúdo obsceno”.
A saída encontrada pelos empresários do ramo foi contratar homens para substituir as mulheres fazendo o mesmo papel nas propagandas. Eles vestem as lingeries e as exibem na tela. Um dos vídeos mostra um rapaz com uma lingerie preta. Outro, um homem com uma lingerie rosa.
在中国,女人在直播间里是不能穿内衣出镜的。否则直播间将因为涉嫌传播淫秽而立刻被永久封禁。那如果我非要在直播间带货卖女式内衣该怎么办呢?很简单,找男人来穿。 pic.twitter.com/4CHlq7fMdx
— 小径残雪 (@xiaojingcanxue) January 11, 2023
O proprietário de uma marca de roupas chinesas afirmou à CNN que a intenção da contratação de homens não é ser sarcástico. “Todos estão levando muito a sério o cumprimento das regras”, diz o empresário.
A contratação de modelos masculinos para representar em conteúdos publicitários que seriam direcionados ao público feminino não é nada novo na China. Há, aliás, quem faça carreira no ramo, como o influencer Austin Li Jiaqi.
Segundo a CNN, Jiaqi ficou conhecido, em 2018, como o “Rei do Batom”. Na ocasião, Austin vendeu cerca de 15 mil batons em apenas cinco minutos.