Corumbá (MS)- A decisão por ignorar uma ordem da justiça que determinava a inclusão da proposta de uma empresa em processo licitatório para compra de veículos destinados as secretarias e fundações do município, demonstra a forma com que a família Iunes, constantemente envolvida em escândalos de corrupção e irregularidades administrativas, comandam com “mão de ferro” a Prefeitura de Corumbá.
A demora da justiça em julgar os inúmeros escândalos já denunciados pela Polícia Federal, Ministério Público e pela imprensa, contribuem para sensação de impunidade e de que “tudo podem” sem ter que dar satisfações ou minimamente cumprir o que é dever de todos, a lei.
Seja em cargos de confiança ou de comissão, não é de hoje que o atual prefeito Marcelo Iunes é conhecido pelo favorecimento voraz da família e apadrinhados com uso da máquina pública.
Também não é a primeira vez que a justiça é acionada para intervir aos desmandos do chefe do executivo.
Pelo menos em outras três ocasiões, decisões judiciais foram necessárias para frear o desatino administrativo que salta aos olhos nos corredores do paço municipal de Corumbá.
Em uma delas, lá estava Eduardo Aguilar Iunes, o fiel escudeiro e irmão do prefeito, que até ser exonerado (por força da justiça) do cargo de chefe da junta administrativa que comandava a Santa Casa de Corumbá.
No entanto, não demorou muito para que o prefeito do povo dele, arrumasse uma nova atribuição ao seu “homem de confiança”. Ao criar a especialíssima secretaria de Gestão e Planejamento, deu ao irmão a incumbência de gerenciar a pasta, que entre outras funções, tem atrelado a ele, o departamento de licitação, responsável pela gestão de diversos contratos e consequente elevada movimentação financeira.
Desta vez, o Ministério Público justifica o pedido de afastamento dos servidores, entre eles a figurinha já carimbada da família Iunes, pelo deliberado descumprimento de uma ordem judicial proferida.
O desrespeito ao poder judiciário foi destacado pela promotoria como uma afronta da ordem constitucional vigente e menciona a necessidade de uma resposta enérgica ao que considerou um verdadeiro ataque à ordem democrática e ao estado de direito.
O não deferimento das medidas solicitadas pelo Ministério Público, pode ser entendida como uma verdadeira “passada de pano” para “Grande Família” e aumentar ainda mais a confiança para prosseguirem com os mandos e desmandos feitos ao Bel Prazer de quem acha (e até agora com certa razão) de que em Corumbá, eles podem tudo! Vejamos
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