A defesa de Marquinhos Trad até tentou evitar, mas o ex-prefeito de Campo Grande terá que entregar o celular para a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. Por determinação da 3ª Vara Criminal de Competência Residual, dois peritos do Instituto de Criminalística do Estado e um assistente técnico indicado pelas advogadas do réu, serão os responsáveis pela vistoriar do aparelho.
Marquinhos responde por crimes contra a dignidade sexual de 7 mulheres, mas desde o início das investigações, nega os casos e afirma ser vítima de armação.
Todos os casos foram investigados pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) por isso, ao ser autorizada a perícia no celular de Marquinhos, era na delegacia que ele deveria entregar o aparelho. Antes que isso acontecesse, a defesa do ex-prefeito tentou evitar isso e pediu que o perito fosse nomeado pela justiça.
Não deu certo. Na decisão a juíza Eucélia Moreira Cassal afirma que o pedido não merece ser aceito já que por lei, compete à autoridade policial “promover as medidas necessárias para colheita de provas” e se o Instituto de Criminalística do Estado pode fazer a perícia, observando o sigilo de dados, não tem porque o local ser alterado.
“Pelos mesmos motivos, o aparelho celular deverá ser entregue à Autoridade Policial e não em cartório judicial”, escreveu a juíza.
Apesar de negar a mudança no rito da perícia, a magistrada aceitou que um assistente técnico indicado pela defesa acompanhe todo o trabalho de busca por provas no aparelho celular de Marquinhos. Ela também determinou algumas condições:
Dois peritos, no mínimo, vão trabalha no celular do ex-prefeito. O aparelho será entrega na delegacia e lacrado na frente das advogadas, para garantir que não haja alteração nas provas. Apenas os contatos e as informações relacionadas as denúncias de assédio vão ser “vistoriadas”. A recuperação de qualquer dado “impertinente” a investigação, vai passar por análise judicial.
Não há data para que a entrega do aparelho seja feita.