Corumbá (MS)- Após a produção em massa de vídeos espalhados pelas redes sociais e compartilhados por apoiadores aos ataques antidemocráticos que ocorreram aos três poderes no último domingo em Brasília, Elano de Almeida, o líder de um dos movimentos de Mato Grosso do Sul, apagou das redes sociais todas as provas que produziu contra ele mesmo, onde declarava abertamente, e compartilhava dos ideais golpistas contra as autoridades constituídas democraticamente no país.
As imagens foram excluídas após a reação firme dos poderes constituídos, contra o grupo que atacou, invadiu e vandalizou o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e sede do Superior Tribuna Eleitoral.
Além dos ataques velados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Elano compartilhava ideais que corroboram com os atos antidemocráticos que se valiam de “pautas” como voto impresso, destituição dos ministros da suprema corte e intervenção das forças armadas.
No último sábado, Elano compartilhou em sua rede sociais e em grupos do whatsapp, um vídeo em que dizia estava à caminho de Brasília, para o que disse ser um ato para assumir a “casa do povo”.
“O povo, agora, vamos para Brasília, vamos assumir a casa do povo, sim, o Congresso Nacional”, relatou, durante a viagem.
As imagens mostram Elano reforçando que só desocupariam o Congresso após as forças armadas marcarem uma “nova eleição”, “limpas e transparentes”.
“Só desocuparemos quando as Forças Armadas marcarem data para esta eleição”, bradou.
Sempre ativo nas redes sociais, Elano apagou todos os vídeos publicados em que fazia referência, incentivava ou promovia pensamento que incitava atos antidemocráticos de aversão a corte eleitoral e judiciária do país.
Elano também se intitulava líder do QG Rural, que permaneceu por mais de dois meses em frente ao CMO de Campo Grande e foi desfeito por ordem do Ministro Alexandre de Moraes.
Sem nunca conseguir se eleger a um cargo político, embora tenha inúmeras tentativas de ser prefeito de Corumbá, Elano postava vídeos quase diariamente convocando a população para os protestos e pedindo intervenção militar.
Nem mesmo as fotografias que postava orgulhosamente fazendo parte do movimento em Campo Grande, com distribuição de alimentos aos acampados, foi mantida por ele. Apesar do esforço em apagar qualquer evidencia de sua participação ativa dos atos, diversos vídeos que eram compartilhados por meio de aplicativos de mensagens foram salvos e encaminhados para as autoridades que realizam de forma enérgica o combate aos financiadores e incentivadores intelectuais que levaram a invasão dos três poderes com caravanas que partiram do vários estados do país.
A reportagem tentou contato com Elano para comentar sobre os motivos que o levaram a apagar suas postagem das redes sociais, mas não foram respondidas, o espaço permanece em aberto.
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