Impasse em relação à volta de impostos sobre os combustíveis deixa indefinido os preços para 2023. No começo do ano, o presidente Jair Bolsonaro (PL) isentou os tributos federais PIS/Pasep e da Cofins. A medida vale até o dia 31 de dezembro.
O CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura) fez um levantamento que a incidência dos impostos pode aumentar o preço da gasolina em aproximadamente 14%. Atualmente, o combustível comum é vendido em média no Estado a R$ 4,71. Com o acréscimo, iria para R$ 5,40.
Para o óleo diesel S10, a volta dos impostos significariam R$ 0,33 a mais, ficando em R$ 6,65 em média. O CBIE também estimou que o etanol deve aumentar o valor em R$ 0,26 por litro. Com base na última média, custaria R$ 3,99.
O futuro ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad, pediu que a atual gestão de Bolsonaro não prorrogue a isenção de impostos. Para manter a isenção, o governo precisa da edição de uma MP (Medida Provisória) ou decreto para estender o prazo. Se não acontecer até sábado, os impostos voltam a valer.
No caso da gasolina, a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) também foi reduzida a zero até o dia 31 de dezembro.
Preços médios em 2022
O óleo diesel S10 teve o maior preço médio dos combustíveis em Mato Grosso do Sul em 2022, custando R$ 6,59 por litro. O óleo diesel comum ficou em segundo com o valor de R$ 6,44. A gasolina aditivada teve o valor médio registrado em R$ 6,12. Os dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) foram analisados pelo Campo Grande News.
A gasolina comum custou em média no ano R$ 5,95. O etanol ficou com valor de R$ 4,60. O gás de cozinha, o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), encerra o ano custando R$ 109,13 em média. O GNV (Gás Nacional Veicular) teve o valor de R$ 4,85.