No ano em que completa 18 anos, o Instituto Moinho Cultural Sul-Americano (IMC) celebra o reconhecimento recebido na premiação “Direitos Humanos em Ação”, pelo trabalho realizado com crianças e adolescentes em Mato Grosso do Sul. A premiação aconteceu na quinta-feira, 10, em Campo Grande, e foi organizada pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast).
A diretora-executiva do Moinho Cultural, Márcia Rolon, afirma que ser uma “rede de proteção” para as crianças e adolescentes da fronteira sempre foi a grande missão do Instituto.
“Receber esse prêmio é algo muito importante. Trata-se de um reconhecimento e mostra que conseguimos atingir nosso objetivo principal e ir além: hoje nós estamos nas fronteiras de todo o Brasil, temos uma relação com outros seis países, além da Bolívia”, diz.
Ainda segundo Márcia, todos esses anos de trabalho não seriam possíveis sem os parceiros da instituição.
“Só tenho a agradecer pelo reconhecimento do Governo do Estado, agradecer todas as pessoas que estão há 18 anos lá, do nosso lado. Muitos passaram por nós, como participantes, como parceiros, colaboradores, patrocinadores, e todos acreditaram na nossa causa. Continuem acreditando que com esse gás, com essa energia, com esse reconhecimento, com essa parceria, a gente vai reconquistar novos espaços e seguir dando voz aos adolescentes e crianças fronteiriços”.
O conselheiro do IMC, Joelson Soares, comenta que esse troféu representa ser possível transformar a vida de jovens por meio da arte.
“O prêmio ‘Direitos Humanos em Ação’ é um reconhecimento importantíssimo de todo o trabalho realizado pelo Moinho Cultural. É uma forma de demonstrar que é possível sim, por meio da música, da dança, da Cultura, como um todo, transformar a vida dessas crianças, é possível você ensinar as crianças a sonhar e a transformar esses sonhos em realidade”.
Durante o evento a titular da Sedhast, Elisa Cleia Nobre, constatou que as ações em direitos humanos no Mato Grosso do Sul têm avançado e englobado diversos setores da sociedade.
“É uma vitória para a população de MS ter pessoas e instituições comprometidas com as políticas públicas envolvendo os direitos humanos”, pontua.
O Instituto Moinho Cultural Sul-Americano
O Moinho Cultural é uma OSC que oferece para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social de Corumbá, Ladário, Puerto Suarez e Puerto Quijarro, aulas de dança, música, tecnologia e informática. A formação continuada oferecida pela instituição tem duração de até oito anos. O Moinho também atua na formação de intérpretes criadores para jovens e adultos, com a Companhia de Dança do Pantanal, Orquestra de Câmara do Pantanal e Núcleo de Tecnologia. A missão da instituição é diminuir a vulnerabilidade social na região de fronteira Brasil-Bolívia, por meio do acesso a bens culturais e tecnológicos. Desde o início das atividades, mais de 23 mil crianças e adolescentes já foram atendidos pelo Moinho.
Atualmente, o Instituto conta com o patrocínio máster via Lei de Incentivo Cultural do Instituto Cultural Vale, bem como, patrocínio da Bellalluna Participações LTDA, BRINKS, BTG Pactual, CaraÍ Empreendimentos LTDA, COMPER, Instituto Itaú Cultural, HINOVE, Rodobens e Criança Esperança, o fomento do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, além da parceria com a J.Macêdo, Itaú Social e Fecomércio MS-SESC.
São parceiros institucionais a Prefeitura de Corumbá, Prefeitura de Ladário, Prefeitura de Puerto Suárez, Prefeitura de Puerto Quijarro, Instituto Homem Pantaneiro, IFMS, UFMS, Acaia Pantanal e outros doadores pessoa física e jurídica.