Ainda sem chegar a um acordo pela realização do Censo Demográfico na Bolívia, manifestações entram no 20° dia nesta quinta-feira, 10 de novembro.

Na fronteira com o Brasil entre os municípios de Puerto Quijarro e Corumbá, o acesso de veículos e caminhões continua fechado.

Barreiras e barricadas seguem espalhadas por todo país e não há previsão para liberação das vias fechadas pelos cívicos. Tratativas junto ao governo, iniciadas esta semana, não avançaram e a proposta de que o Censo seja realizado apenas em 2024, é mantida pelas autoridades.

Os representantes dos comitês cívicos, no entanto, rejeitam esta possibilidade e exigem que o censo seja realizado em 2023. Segundo eles, a demora para conclusão do recenseamento acarreta prejuízo aos municípios, já que repasses financeiros para atendimento social, estariam defasados.

Fronteira fechada

Desde o dia 22 de outubro, a passagem de veículos de passeio, caminhões e motocicletas estão interrompidos na fronteira da Bolívia com o Brasil em Corumbá.

As manifestações que sempre ocorreram de forma pacífica na região, ganhou clima de tensão e houve confronto entre apoiadores do governo de Luiz Arce e manifestantes que pedem a antecipação do Censo Demográfico para 2023.

Uma pessoa morreu e outras duas ficaram feridas. O governo enviou para região de Puerto Quijarro e Puerto Suarez, reforço policial para atuar no controle de possíveis conflitos entre os manifestantes e três pessoas foram presas acusadas de serem responsáveis pela morte do servidor público na fronteira.

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