EUA, França, Alemanha, Espanha e diversos líderes no mundo parabenizam Lula pela vitória

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  • Post publicado:30 de outubro de 2022

Num esforço para não deixar margem para uma ruptura institucional no Brasil, líderes internacionais e personalidades se apressaram para enviar telegramas de reconhecimento da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. A estratégia repete o que governos democráticos fizeram diante do risco de que Donald Trump tumultuasse a eleição nos EUA, diante da vitória de Joe Biden.

A decisão de acelerar um reconhecimento foi comunicada, antes mesmo da eleição, às campanhas dos dois candidatos. Por semanas, grupos da sociedade civil brasileira ainda percorreram capitais na Europa e América do Norte, pedindo que esse respaldo fosse dado ao TSE.

Joe Biden, presidente dos EUA, elogiou as eleições no Brasil e fez questão de parabenizar Lula. Bolsonaro havia sido um dos últimos líderes no mundo a reconhecer a vitória do democrata americano.

Quase imediatamente após o anúncio oficial pelo TSE, o presidente da Argentina, Alberto Fernandez, emitiu uma declaração. “Parabéns Lula. Tua vitória abre um novo tempo para a história da América Latina. Um tempo de esperança e de futuro que começa hoje mesmo”, disse.

“Aqui você tem um companheiro para trabalhar e sonhar sobre o bem-estar de nossos povos”, afirmou.

Na Europa, o presidente da França, Emmanuel Macron, também emitiu uma nota. “Parabéns, querido Lula”, disse. A eleição, segundo ele, “abre uma nova página da história do Brasil”. “Juntos, vamos unir forças para lidar com muitos desafios comuns e renovar a amizade entre os dois países”, disse. Macron, ao longo dos anos, foi criticado por Bolsonaro e teve sua mulher ofendida pelo candidato derrotado.

O governo da Alemanha também se manifestou. “Parabéns, presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pela vitória nas eleições. Estamos felizes com a perspectiva de ampliarmos juntos e aprofundarmos ainda mais as relações Brasil-Alemanha”, escreveu o embaixador alemão Heiko Thoms.

Uma das mensagens de maior peso veio de Josep Borrell, chefe da diplomacia da UE. “A UE elogia o Tribunal Eleitoral em particular pela maneira eficaz e transparente como conduziu seu mandato constitucional durante todas as etapas do processo eleitoral, demonstrando mais uma vez a força das instituições brasileiras e de sua democracia”, declarou.

“A UE e o Brasil têm uma parceria estratégica de longa data, baseada em valores compartilhados e no respeito à Democracia, aos Direitos Humanos e ao Estado de Direito”, disse.

“Estamos comprometidos em aprofundar e ampliar nosso relacionamento com o Brasil em todas as áreas de interesse mútuo, inclusive no comércio, meio ambiente, mudanças climáticas e na agenda digital, em benefício de nossos cidadãos”, afirmou. “Também aprimoraremos nosso trabalho em conjunto em prol de um desenvolvimento inclusivo, justo e sustentável”, afirmou.

Os chefes de governo do México e Espanha também já se manifestaram, parabenizando Lula.

O primeiro-ministro português, Antonio Costa, foi outro que mandou uma mensagem de parabenização ao novo presidente. O presidente português, Marcelo Rebelo de Souza, indicou que Lula vai iniciar “um período promissor nas relações fraternais entre os povos brasileiro e português”.

Miguel Diaz, presidente de Cuba, também comemorou a vitória de Lula. Nicolas Maduro, presidente da Venezuela, foi outro que aplaudiu a eleição do petista.

A vitória de Luiz Inácio Lula da Silva foi comemorada pelo ganhador do prêmio Nobel da Paz e presidente do Timor Leste, José Ramos Horta. “As eleições foram limpas gerenciadas com muita competência e integridade pelas instituições eleitorais brasileiras com muita experiência e credibilidade reconhecidas internacionalmente”, disse.

“Justiça foi feita ao restaurar-se a vibrante democracia brasileira e assim corrigirem-se os graves atropelos ao Estado de Direito, as graves injustiças na perseguição e manipulação do poder judicial contra Lula”, disse o presidente, que apontou que foi um dos poucos no cenário internacional a sair em defesa de Lula quando esteve na prisão.

“Agora o povo brasileiro tem que reconciliar-se, sarar as feridas profundas na sociedade, eliminar a exclusão e discriminação, reunir toda a grande família brasileira multi color, multi étnico, multi cultural, mobilizar a sua criatividade para a visão de um Brasil novo, reconciliado, pacifico, solidário, fraterno”, disse.

“No plano internacional, com Lula o Brasil vai voltar ao período áureo da década da sua presidência anterior, como ilustrado então na capa da revista Economist, o Brasil estratosférico”, declarou.

“Neste mundo conturbado, extremamente perigoso, em fragmentação, sem uma carismática liderança global, Lula poderá ser a voz da moderação, o construtor de pontes de diálogo e de solução de conflitos”, completou.