Puerto Quijarro (BO)- Cerca de quatro mil pessoas marcaram presença na noite desta segunda-feira, 24 de outubro, no protesto realizado por participantes dos movimentos cívicos em Puerto Quijarro, na fronteira da Bolívia com o Brasil.
O movimento serviu para reforçarem as ações que mobilizaram todo o país em prol da antecipação do censo demográfico, adiado pelo governo do presidente Luiz Arce para 2024.
Na cidade que faz fronteira com Corumbá, a movimentação ganhou ainda mais força, após tensão entre grupos pró-governista e Cívicos, que se mobilizavam para o início do “paro-cívico”, na madrugada de sábado (22).
Uma pessoa identificada como funcionário público Júlio Pablo Taborga de 47 anos, morreu durante o confronto dos grupos.
Reforço policial foi enviado para região e três pessoas foram presas acusadas de participação na morte.
Os cívicos, no entanto, acusam o governo e a Polícia de sequestrarem os acusados sem provas, além de indicarem que o governo municipal teria incitado funcionários a participarem dos atos contra a paralisação geral.
Nesta segunda-feira, uma assembleia definiu por seguir, à exemplo dos comitês cívicos de todo o país, com a mobilização e o fechamento da fronteira e principais rodovias. Foi definido ainda, outras pautas que passaram a ser exigidas na região, como a libertação das três pessoas presas acusadas da morte de Julio Pablo, a renúncia do atual alcaide Luis Chambi Montoya, do vice Tony dos Santos, além da retirada do efetivo policial estimado em cerca de
A greve geral realizada pelos comitês cívicos da Bolívia, entram nesta terça-feira, 25 de outubro, no quarto dia de manifestações e paralisação geral do que chamam de “medidas extremas”, para terem suas solicitações de antecipação do censo demográfico atendidas.
Confrontos
Novos confrontos envolvendo representantes cívicos e grupos pró-governistas, foram registrados nesta terça-feira, (25), em Santa Cruz de La Sierra.
De acordo com informações do jornal El Deber, por volta das 5 horas da manhã, um grupo que tentava desmobilizar os bloqueios levantados pelos manifestantes, entraram em confronto até a chegada de efetivo policial, que fez uso de gás de efeito moral para dispersar o conflito.
Censo Demográfico
O início das manifestações foi iniciado após a decisão do governo em adiar a realização do Censo demográfico para 2024.
Representantes dos comitês cívicos cobram a antecipação do censo para 2023, alegando que a disponibilização de dados atualizados, trará reflexos positivos na distribuição de verbas aos municípios que estariam com dados desatualizados.