Eduardo Riedel (PSDB), candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul pela Coligação Trabalhando por um Novo Futuro (Número 45) falou há pouco, na sabatina promovida pelo setor produtivo de Mato Grosso do Sul, sobre diversos temas relacionados ao setor. O evento contou com a presença de representantes da Fiems, Famasul, Fecomércio e Faems.
A participação de Riedel foi mais uma confirmação de seu preparo técnico e conhecimento sobre os eixos mais importantes para o setor produtivo do Estado. Abordando temas como infraestrutura, escoamento da produção, questão tributária, turismo, entre outros, o candidato apresentou aos empresários um robusto programa de desenvolvimento, com que pretende levar o Mato Grosso do Sul, nos próximos anos, a patamares de desenvolvimento nunca vistos no Estado.
“Trabalhei muito tempo pelo coletivo, pelo setor produtivo. Sou produtor rural e empresário. Nunca havia participado da gestão pública até entrar no governo em 2015, e este é meu primeiro pleito. A decisão de ingressar no governo foi tomada com o objetivo de desenvolver o Estado com justiça social. Entre 2015 e 2017 o Brasil passou por uma crise tremenda, queda no PIB, quase 15 milhões de desempregados, 23 estados deixaram de honrar a folha. Imagine o impacto da crise para as famílias, para o setor público”, iniciou Riedel.
“Mas, ambientes de crise extrema geram oportunidade”, lembrou. “Vimos a necessidade de reestruturar o Estado com reformas que tiveram um custo político alto, mas que deram condições de uma retomada econômica”, afirmou o candidato. Estas reformas foram fundamentais para que o Mato Grosso do Sul assumisse a 3º colocação entre os Estados com menor taxa de desemprego e que, nos últimos três anos, se posicionasse entre a 1ª e 2ª colocação entre os Estados com maior taxa de crescimento do Brasil.
“Hoje, investimos 12% da receita corrente líquida (a média nacional é de 3 a 4%), atraímos capital privado, com as PPPs nas estradas, no saneamento, na tecnologia e na energia, além de implementarmos ações estruturantes que nos permitiram ir à Bolsa de SP buscar capital privado”, disse.
Riedel afirmou ainda que eficiência é seu foco principal. “O estado tem que ser eficiente, do micro ao macro. Este é o foco que devemos ter, respeitando os objetivos da aplicação dos recursos públicos no interesse da população. O salto para o novo futuro, que propomos, será feito a partir desta base”.
O candidato ressaltou a importância da política de atração fiscal que viabilizou uma carteira de R$ 60 bilhões para o Estado. “É o setor privado que gera crescimento, e o Estado, com eficiência, permite ao privado se colocar de forma competitiva. Para isso, temos que garantir infraestrutura logística que dê capacidade para nossas empresas buscar e ampliar mercados. Isso passa por ferrovias, rodovias, pela rota bioceânica – que vai gerar inúmeras possibilidades e para MS. Quero gerir um Estado eficiente, justo, que não deixe ninguém para trás”.
FOCO NO DESENVOLVIMENTO
Eduardo Riedel respondeu a diversas perguntas dos empresários sobre como pretende desenvolver o Estado. A primeira delas girou em torno da dicotomia entre vagas de trabalho e desemprego no Estado e nas políticas sociais que apoiam a população mais carente em MS
“Visitei quase todas as indústrias do Estado e conheço a necessidade de mão de obra qualificada. Hoje temos 167 mil famílias inscritas no CAD único, são pessoas na faixa da pobreza extrema, que estão excluídas do processo de cidadania. Uma coisa não interfere na outra. Vamos estabelecer um grande programa de qualificação profissional e, ao mesmo tempo, continuar apoiando estas pessoas que precisam ser resgatadas da miserabilidade”, disse Riedel.
MALHA VIARIA – COMO INTEGRAR AS REGIÕES PODUTIVAS DE MS
Riedel também falou sobre como pretende fortalecer os canais de escoamento da produção.
“Temos que ampliar nossa capacidade de investimento, e já começamos a mudança estrutural para fazer isso. Vamos atrair capital privado. Aprendemos o caminho das pedras com as PPPs, que atraíram projetos importantes que já estão acontecendo. Temos uma série de rodovias passíveis de concessão, temos duas ferrovias, as hidrovias, a rota bioceânica. Temos os rios Paraguai e Paraná. Já investimos muito em infraestrutura para viabilizar uma nova rota de escoamento e entrada de insumos. Em Corumbá, a mesma história. Além da estruturação do Pantanal, que sempre ficou à margem, e que agora se integra com Paiaguás, Nhecolândia, Ponte do Mato Grosso, os portos do Rio Paraguai, no norte, descendo de barcaça e integrando-se com as rotas de escoamento”.
MODAL RODOVIÁRIO – PRIORIDADES
“Na região pantaneira temos a 214, que sobe para o Paiaguás, a 228, que vem de Corumbá, atravessa a Ponte do Piqiiri – que está pronta – e leva ao acesso aos portos.
Na Rota Oeste temos a conexão entre Corumbá a Porto Murtinho, que é viável e estruturada, já está sendo montada. Vamos dar sequência, por dentro, até a 267, passando por Forte Coimbra, Albuquerque e Porto Esperança.
Falando em rodovias, temos a 316, ligando Costa Rica a Inocência e Aparecida do Taboado, que tem que ser concessionada. Vamos pavimentar e modelar.
No Centro-Sul temos a 245 em Bandeirantes, até a 338, saindo de Ccamapuã até Ribas do Rio Pardo, a 134, até Casa Verde. É todo um eixo norte-sul, por dentro, com mais de 60 mil hectares de soja que hoje não tem estrada.
Temos a 289, de Amambai até Juti, na mesma situação, e todas as conexões com a Rota Bioceânica. Bela Vista, a 267. Bonito, por dentro, para Guia Lopes. A sul-fronteira, em execução, a cabeceira do APA, passando por Giua Lopes e Antônio João. Tudo desembocando nas rotas e eixos centrais. Sem contar a concessão das duas BRs, a 267 e a 262, precisam de duplicação com ação federal”.
MEIO AMBIENTE E PAGAMENTO DE SERVIÇOS AMBIENTAIS AOS PRODUTORES
“Se formos escalar o potencial de serviço ambiental da agropecuária sul-mato-grossense vamos chegar a 200, a 500 milhões. Como calibrar este ativo? Não acredito que o poder público tenha esta capacidade mas tem que criar condições para tal.
Só o mercado pode solucionar isso. É aí que entra o Governo, com o papel de criar uma modelagem, da mesma forma que as PPPs, para atrair este capital. Por exemplo, há uma iniciativa no Pantanal, que engloba 400 mil hectares, e que será o primeiro grande financiamento de serviço ambiental em MS, numa escala que não vimos ainda. Tudo através do mercado financeiro.
Quando discutimos meio ambiente saindo dos três grandes eixos (descarbornização, biodiversidade e água) a única saída é viabilizar o projeto do ponto de vista econômico e financeiro. O mercado é que vai dar esta sustentação.
ICMS
“A questão tributária é um grande gargalo. O ICMS garantido foi extinto em 2018. Foi criado para facilitar a fiscalização, garantir arrecadação e diminuir a evasão. Hoje, a demanda por fiscalização é muito menor, é tudo eletrônico.
Temos que brigar pela reforma tributária nacional. Este eixo é central para o próximo presidente. Enquanto isso não acontece, vamos fazer uma mini-reforma para buscar a desoneração, inclusive do antecipado para setores menos competitivos. Temos que avaliar os impactos e ir tirando a antecipação de grupos de produtores maios atingidos, enquanto não construímos uma solução perene.
É fácil fazer o discurso vazio e dizer que vai reduzir imposto. Mas, é preciso cautela e estratégia”.
PIRATARIA
“Este é um problema global, tanto na venda como na fabricação. Há um fator de competitividade mas, também, social. Vamos buscar uma maneira de dar mais competitividade aos setores sofrem mais com estas questões, criando condições para o pequeno e micro empresário ser mais competitivo, e de inserir na formalidade quem hoje está fora dela”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Eduardo Riedel fez um apelo para que o eleitor compare os projetos e a trajetória de cada candidato. “Temos um plano para o Mato Grosso do Sul. Ele envolve a universalização das escolas de tempo integral; a regionalização da saúde, com foco na atenção primária numa parceria entre Estado e municípios; mais inteligência e coordenação na segurança pública; um ambiente de negócios competitivo, com atração fiscal para quem vem e para quem já está aqui; um plano de infraestrutura e logística com capacidade de investimento; um plano que prevê um estado cada vez mais eficiente. Com isso, vamos continuar com equilíbrio orçamentário, atraindo mais recursos privados em um ambiente juridicamente estável e confiável. Vamos continuar o Estado que mais cresce no Brasil. Assim vamos gerar oportunidades para as pessoas e negócios”.