Puerto Quijarro (BO)- Imagens divulgadas nas redes sociais, mostram a dimensão do confronto que ocorreu na fronteira da Bolívia com o Brasil em Puerto Quijarro, na madrugada deste sábado (22).
Segundo informações levantadas pela imprensa local, o confronto teria ocorrido entre grupos de manifestantes que tentavam fechar a fronteira com Corumbá e manifestantes pró governo que seriam contra a medida.
Houve um grande tumulto e confronto com explosões de fogos de artifícios e bombas caseiras, além de agressões com paus e pedras.
Duas pessoas teriam ficado feridas e outra, identificada como Julio Pablo Taborga, morreu. A esposa da vítima disse que ele foi golpeado com um pedaço de pau na cabeça. Já manifestantes e representantes cívicos, dizem que a morte se deu por asfixia, em decorrência de gases que teriam se espalhado em decorrência da explosão dos fogos de artifício lançados por ambos os lados.
Até o momento não há uma posição oficial das autoridades sobre a causa da morte.
Imagens registradas por pessoas que estavam no momento dos fatos, mostram Júlio sendo socorrido no local, antes de ser encaminhado ao hospital Príncipe da Paz, onde acabou morrendo.
Imagens também mostram manifestantes ateando fogo em pneus e madeiras, na Avenida Salazar de La Vega, uma das principais avenidas no município.
A fronteira com Corumbá amanheceu fechada e não há previsão de quando os manifestantes irão encerrar o bloqueio.
Em todo país, diversas vias e rodovias foram fechadas. Manifestantes pedem a realização do censo demográfico em 2023, após o governo ter adiado a sua realização para 2024.
Grupos cívicos dizem que a realização do censo é importante para que haja uma reformulação e remanejamento de recursos e investimentos em diversos pontos do país. A saúde e infraestrutura são, segundo organizações cívicas, os setores mais prejudicados com a falta da realização do censo demográfico, já que os dados que norteiam investimentos do governo nessas regiões estariam extremamente defasados.