Corumbá (MS)- Publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 10 de outubro, o 23º termo aditivo de contratualização entre o governo federal e a Santa Casa de Corumbá, que prevê o repasse de R$ 1.020.000,00 (Um milhão e vinte mil reais).
De acordo com o documento, o repasse será realizado em quatro parcelas de R$ 255 mil reais cada.
Os recursos financeiros são provenientes do Fundo Municipal de Saúde, que devem ser repassados para a Associação Beneficente de Corumbá, em parcelas referente aos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro deste ano.
O aditivo tem parceria o município, a Secretaria Municipal de Saúde/Fundo Municipal de Saúde, Associação Beneficente de Corumbá – Santa Casa de Corumbá e a SES (Secretaria de Estado de Saúde).
Crise Administrativa
Sob intervenção há mais de uma década, a Santa Casa de Corumbá, administrada por uma junta interventora, vivencia um dos seus piores momentos administrativos.
Sucessivas trocas na junta interventora que até poucos meses era indicada exclusivamente pela Prefeitura de Corumbá, arrasta uma série de denúncias de irregularidades, uso político para indicação de servidores, atraso de salários de médicos, enfermeiros e intervenções judiciais para fazer cessar uma série de anormalidades apontadas.
Mais recentemente, uma auditoria externa, apontou que a junta interventora administrada pelo diretor indicado pelo Prefeito Marcelo Iunes, teria se beneficiado de recursos públicos para compra de equipamentos eletrônicos para uso pessoal, superfaturamento na aquisição de produtos e pagamentos por serviços nunca realizados, além de processo de aquisição de software sem funcionalidade.
Após intervenção do Ministério Público, foi recomendado a exoneração do gestor indicado por Iunes, investigado pelo GAECO, por integrar uma organização criminosa acusado de desvio de recursos públicos em programas financiados pelo governo do estado.
A unidade ainda sofre com problemas sérios de infraestrutura como a maternidade que, constantemente é tomada por água das chuvas que atingem a cidade, fazendo com que gestantes que são atendidas na unidade, sejam remanejadas para outras áreas do hospital.