Corumbá inicia plano de ação para intensificar vigilância e controle da leishmaniose visceral

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  • Post publicado:4 de outubro de 2022

A Prefeitura de Corumbá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, iniciou nesta terça-feira, 04 de outubro, a execução do plano de ação para intensificar a vigilância e o controle da leishmaniose visceral no município. O trabalho faz parte de estudo nacional realizado pelo Ministério da Saúde e consiste no encoleiramento dos cães, com idade igual ou superior a 3 meses, do bairro Nossa Senhora de Fátima.

O encoleiramento dos animais é realizado com base no censo realizado em 2021 no bairro contemplado, sendo detectada uma população canina geral, entre machos e fêmeas, de 1.330 cães. A ação é desenvolvida com o monitoramento de um médico veterinário Centro de Controle de Zoonoses.

Conforme preconizado com o Ministério da Saúde, a primeira etapa será realiza com todos os cães com idade igual ou superior a 03 meses juntamente com a coleta de sangue do animal.  A partir da primeira substituição das coleiras, ela só será feita se o resultado do exame for negativo.

Casos que o resultado seja reagentes no teste de ELISA o tutor será informado e serão passadas as condutas contidas no Plano de Ação. O exame será dividido em dois momentos: teste rápido usando o Kit de DPP, disponibilizado pelo Ministério da Saúde; os resultados positivos no teste de DPP serão encaminhados ao laboratório do LACEN em Campo Grande para ser realizado o exame confirmatório.

Durante a realização do exame de DPP, o tutor receberá orientações sobre a Leishmaniose em cães, função do cão no ciclo de transmissão, formas de transmissão, prevenção, informações repassadas de forma verbal e impresso. O procedimento de coleta de sangue e a possível substituição da coleira acontecerão a cada 06 meses.

Cães positivos

No caso do exame sanguíneo for positivo para a leishmaniose, o tutor poderá optar por aguardar o teste confirmatório ou encaminhar o animal para a eutanásia. Nos dois casos será assinado um termo de ciência quanto as condutas a serem adotadas.

Os tutores que optarem por realizar o tratamento contra leishmaniose, somente poderão utilizar o protocolo aprovado pelo Ministério da Saúde. Tutor que optar pelo tratamento, assinará um termo de responsabilidade que encaminhará o cão a uma clínica veterinária e nesse termo constará que o tutor está ciente o que a doença pode causar ao animal caso o tratamento não seja realizado de forma correta.

A pessoa terá um prazo de dez dias úteis para encaminhar ao Centro de Controle de Zoonoses uma declaração do médico veterinário, onde deverão constar os dados do proprietário (nome completo, endereço atualizado no nome do mesmo, RG, CPF, telefone de contato), dados do animal (nome, sexo, raça, idade, pelagem), data do início do tratamento, medicação utilizada no tratamento. A declaração deverá ser datada, assinada e carimbada com o CRMV do profissional.

Essa declaração deverá ser encaminhada a cada 03 meses ao Centro de Controle de Zoonoses. Em caso de óbito o médico veterinário deverá encaminhar uma declaração informando o fato ocorrido. No caso do não cumprimento das referidas condutas o fato será encaminhado a Vigilância Sanitária para notificação. E se mesmo assim não for tomada nenhuma conduta correta o caso será encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPE).