PF deflagra operação contra migração ilegal na região de fronteira em Corumbá

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  • Post publicado:1 de setembro de 2022

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (31/8) a Operação Náuatle, que investiga a atuação de grupos criminosos que promoviam a entrada de imigrantes ilegalmente em território nacional pela cidade de Corumbá, fronteira com a Bolívia.

Desde as primeiras horas da manhã desta quinta, 26 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva estão sendo cumpridos em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal.

As investigações tiveram início há cerca de seis meses, após a Polícia Federal identificar um aumento expressivo do fluxo migratório irregular na região.

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Os grupos criminosos investigados funcionavam com a atuação de coiotes, que introduziam os imigrantes em território brasileiro burlando a fiscalização migratória, sem autorização para entrada ou permanência em território nacional, mediante cobrança de valores em dinheiro.

Já em território nacional, os imigrantes embarcavam em ônibus clandestinos e eram conduzidos, em grande maioria, até a capital paulista, onde eram empregados no setor da indústria têxtil, muitas vezes em condições de trabalho degradantes.

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Ônibus clandestinos realizam o transporte de passageiros que entram ilegalmente no país

Muitos desses imigrantes acabavam sendo recrutados pelo narcotráfico para servirem como “mulas”, transportando drogas para o Brasil e retornando com dinheiro em espécie para a Bolívia (cash courier).

O esquema contava com a participação de empresários do ramo de transporte de passageiros, que disponibilizavam ônibus para a realização do transporte dos imigrantes sem conhecimento e autorização dos órgãos de controle, além de motoristas de aplicativos, que atuavam no transporte transfronteiriço dessas pessoas ou como batedores, visando dificultar a fiscalização por parte da polícia.

Os investigados poderão responder pelos crimes de promoção de migração ilegal, organização criminosa e lavagem de dinheiro, conforme o aprofundamento dos trabalhos investigativos.

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O nome da operação é uma referência à língua e ao povo Náuatle, de origem asteca, que deram nome ao coiote, como são conhecidos os criminosos que promovem a introdução de imigrantes ilegais em território de outro país.