Festival de Bonito começa nesta quinta e turistas já movimentam comércio e rede hoteleira

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Espaço de exposição para artistas visuais já está disponível desde cedo. Foto: Campo Grande News
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Se reunindo aos poucos, moradores e turistas já estão movimentando a cidade com o 21º Festival de Inverno de Bonito que, desde às 9h de hoje (25), está com estruturas prontas e algumas atividades ocorrendo. Oficialmente, a abertura será às 19h30min, mas até lá há programação.

Felizes com a retomada do festival depois de dois anos, quem mora na cidade e sempre acompanhou o evento não consegue tirar o sorriso do rosto. Natural do interior de São Paulo, Antônio Dionísio Sales, de 77 anos, se tornou morador de Bonito há 60 anos e conta que nunca perdeu uma edição sequer.

Sem perder tempo, ele é um dos moradores que estão aproveitando as movimentações desde cedo. Sobre a ausência do evento, Antônio comenta que a agitação cultural da cidade fez falta, “eu fiz a segurança de todos os festivais e fiquei muito triste de ver Bonito vazio durante esses dois anos no período em que seria o festival”.

Antônio conta que está feliz com o retorno do festival e aproveita para exibir seus artesanatos.

Funcionárias públicas do município, as irmãs Jorcelina e Vera Sodré, de 45 e 49 anos, aproveitaram o evento para conseguir uma renda extra e também comemoram o retorno das festividades. Contando que as duas irão trabalhar na limpeza da praça central, Vera pontua que vê o evento como um novo marco para a cidade.

“Faz tempo que não tinha uma festa assim, ainda bem que diminuiu o período crítico da pandemia para aproveitar e curtir. Estou torcendo para que dê certo, acho que o festival vai ser a retomada definitiva depois de dois anos de paradeira”, diz Vera.

Além de ser uma retomada, o festival também é marcado de estreias por muita gente. Integrante do quadro de artistas, o campo-grandense Victor Macaulin, de 26 anos, conta que é sua primeira vez em Bonito tanto como artista quanto como visitante.

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Expondo seus quadros, ele trabalha com cinzas, argila, terra e outros elementos naturais como açafrão, tereré e repolho roxo como forma de reaproveitar materiais que seriam descartados. É uma chance para mostrar meu trabalho. Já morei em alguns lugares e quando comecei a atuar como artista não tinha lugar para mostrar e acho que o festival é um passo importante, diz Victor.

E, para quem está indo para Bonito ou já está na cidade, a programação segue! Confira abaixo o que está programado:

Às 16 horas, com o espetáculo de dança “Os Superficiais”, da Cia ETC., de Pernambuco, na Praça da Liberdade. O espetáculo é fruto de uma investigação dos tipos de relações estabelecidas no mundo pós-moderno, marcado pela superficialidade nas interações sociais.

A montagem retoma as memórias pessoais de seus bailarinos e bailarinas para propor uma obra, um jogo ou uma brincadeira que aposta na tão recorrente exposição pessoal, na cópia compartilhada como original, na velocidade da informação, na superficialidade do conteúdo, na interrupção da ação e na dificuldade de manter um só foco de atenção.

Às 17h30, na Praça da Liberdade, acontece o desfile de moda “Fantasias do Cotidiano”, com os criadores Anderson Bosch (Coleção Frida Lídia Kahlo); Fabio Mauricio (F.M.- Coleção Balneário Tropical); Fábio Castro (Touché – Coleção Recortes Touché); Ateliê Nair Gavilan (Coleção Rios e Vazantes); Emília Leal (Coleção Arte Nativa); Eduardo Alves (Bocaiúva – Coleção Um Olhar para o Cerrado); Fabi Rezek (Mi Corazón – Coleção Pantanal de Mi Corazón); Lidiane Lopes (Lidylo – Coleção Mulher da Fronteira); Luiz Gugliatto (Coleção Why Not By Gugliatto) e Lauren Cury (Coleção Estampa-se).

O desfile é a narrativa das marcas e irá contar a história da inspiração e da maneira como foram desenvolvidas as coleções participantes. Junto com as roupas, a ideia é passar um conceito, trabalhar tendências e, principalmente, criar desejo nos consumidores.

Logo mais, às 17h40, será realizado o espetáculo circense “Apoeme-se – Intervenção Circo-Poética”, da Cia Apoema (MS), na Fundação CSN Cultura Garoto Cidadão, que fica na Rua Pérsio Schamam, 645, Centro. Apoeme-se fala de vida e não-morte, de uma espécie de parto-renascimento entre tantas idas, vindas e caminhos de nós mesmos. É o trabalho mais recente e inédito da companhia, que (re)nasce agora na cidade de Campo Grande (MS) contando com novos integrantes que dão a luz nessa obra de concepção coletiva e uma dramaturgia que alinha o teatral sob a poética circense.

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