Plano de resgate a líderes de um dos maiores grupos criminosos do país, é alvo de operação da Polícia Federal nesta quarta-feira, dia 10 de agosto. Prisões preventivas e mandados de busca e apreensão contra integrante da facção, são cumpridos em três estados: Distrito Federal; Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Conforme divulgado nesta manhã, os alvos da “Operação Anjos da Guarda” planejavam resgatar integrante do grupo criminoso, com atuação dentro e fora dos presídios, que estão nas Penitenciárias Federais de Brasília e Porto Velho, em Rondônia. Segundo o site Metrópoles, o principal nome na lista é o de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, considerado o líder geral da facção paulista hoje.
Marcola estava preso em Brasília, mas foi transferido para a capital de Rondônia em março deste ano.
São cumpridos onze mandados de prisão preventiva e treze de busca e apreensão nos três estados: Distrito Federal (Brasília); Mato Grosso do Sul (Campo Grande e Três Lagoas) e São Paulo (São Paulo, Santos e Presidente Prudente).
As investigações apontam que os criminosos contavam com uma rede de comunicação mantida por advogados. Consta que os profissionais “extrapolavam as suas atividades legais” ao transmitir mensagens dos suspeitos envolvidos no plano e até cobranças dos custodiados sobre o andamento do resgate.
Para isso, os investigados aproveitavam atendimentos e visitas nos presídios e usavam situações jurídicas que sequer existiam para falar dos crimes, uma espécie de código entre o advogado e cliente. Além do resgate dos presos, o grupo criminoso também pretendia sequestrar autoridades para negociar a soltura dos comparsas.
Esquema envolvendo a participação de advogados na “organização” de crimes da facção também já foi denunciado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Mato Grosso do Sul durante ações da operação “Sintonia dos Gravatas”, em março deste ano.
Na época, quatro advogados do Estado foram presos por prestarem apoio à facção criminosa, inclusive em planos de atentados a autoridades policiais e do judiciário. Também foram comprovadas participações de integrantes do poder judiciário no esquema.
Os nomes dos alvos da operação desta quarta-feira (10) não foram divulgados até o momento.
A operação foi batizada de “Anjos da Guarda” em referência aos servidores da segurança pública que se “esforçam e se arriscam dia e noite para proteger a sociedade de criminosos”.