Grupo de resgate alimenta jacarés debilitados por causa da seca no Pantanal

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Cerca de 250 animais foram encontrados extremamente debilitados
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  • Post publicado:29 de julho de 2022
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Uma ação conjunta entre a Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul, juntamente com biólogos e veterinários do Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (GRETAP-MS), está prestando assistência a grupos de jacarés extremamente debilitados em decorrência da seca que atinge o Pantanal.

O trabalho consiste na distribuição de 300 quilos de carne aos animais que se encontram em estado de desnutrição por falta de água.

A operação foi realizada na última quarta-feira, 27 de julho, na região do Abobral e Nhecolândia.

De acordo com informações da PMA, cerca de 250 jacarés foram alimentados.

A operação de resgates dos animais conta com duas fases: a primeira, na qual foi feito um atendimento emergencial aos jacarés, que estão divididos pelo Pantanal. A segunda fase será de monitoramento.

Na segunda fase, equipes da GRETAP irão observar os animais por vinte dias, com o objetivo de verificar se os jacarés conseguirão, depois de serem alimentados, fazer a travessia das áreas afetadas até uma outra, em que exista água e alimento.

Ainda conforme a PMA, caso esses animais não consigam chegar até uma área de rio, uma força tarefa será montada e eles serão capturados e transportados até um local onde possam obter recursos para a sobrevivência.

jacares agonizam sem agua
Seca impõe falta de alimentos e água para animais no Pantanal

Apesar de muitos animais estrarem em condições críticas, nenhum morreu até o momento.

A pesquisadora e especialista em jacarés, Zilca Campos, explica que a região do Abobral, onde o vídeo foi feito, está seca desde 2020. “Pantanal do MS está muito seco, aliás não teve enchente em 2022. A seca severa continua levando a morte de muitos jacarés e outros animais da fauna. Isso está acontecendo, isso é fato”, lamenta a pesquisadora.

O coronel Ângelo Rabelo, presidente do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), comenta que a cena registrada, neste ano, já foi vista por ele em outros momentos no Pantanal. “Vai continuar acontecendo na medida que secar, lamentavelmente há muito pouco o que fazer”.

“Nós estamos entrando em um ciclo de muita seca. Bacias que estavam com muita água há 30 anos, secaram. Os animais mais espertos acompanharam o percurso dos rios. Alguns ficam para trás e ficam em processo de hibernação, mas outros acabam morrendo”, comentou Rabelo.

Situação de emergência

O governo de Mato Grosso do Sul decretou estado de emergência em 14 cidades do estado, em razão das queimadas no Pantanal e Cerrado. A medida foi anunciada, pelo governador, Reinaldo Azambuja (PSDB).

A decisão seguirá por seis meses e tem a capacidade de ampliar os poderes das forças de segurança, para que possam agir na prevenção e combate aos incêndios florestais. O decreto ainda permite que o governo estadual contrate ou adquira bens ou serviços em caráter emergencial.

  • Com informações PMA e G1

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