O reflexo do abandono e falta de comprometimento da Prefeitura de Corumbá com os bens públicos, pôde ser observado pela população da parte alta da cidade na manhã desta quarta-feira, 25 de maio.
Um espaço onde deveria funcionar uma unidade básica de saúde para realizar o atendimento à população da região do bairro Guatós, se transformou em sinônimo de medo e ponto de encontro da marginalidade que enxergou, no descaso municipal com o espaço, um ponto ideal para prática de delitos.
Nesta quarta-feira, um morador da região acionou a Polícia Militar para ir até o prédio da antiga Unidade Básica de Saúde da Família “Enfermeira Simone Pontes Maia Flores” localizada no final da Rua Luís Feitosa Rodrigues, após ter encontrado dentro de uma das salas, uma motocicleta que estaria sendo desmontada.
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Uma guarnição da Força Tática do 6º BPM se deslocou até a unidade e constatou a veracidade dos fatos. Após consulta no sistema, não foi localizado registro de furto ou roubo ao veículo que segundo os moradores também não pertence a ninguém que reside na área.
O veículo foi apreendido e encaminhado para o plantão da Delegacia da Polícia Civil onde o caso foi registrado.
Ao Folha MS, testemunhas relataram que o espaço tem servido de ponto de encontro de usuários de drogas e ainda esconderijo para marginais que praticam roubos e furtos. Ainda segundo informações, está não é a primeira vez que objetos subtraídos de residências são encontrados no local.
Além do abandono da prefeitura ter gerado a completa degradação do espaço, que chegou a ser reformado para entrar em funcionamento, a falta de rondas da Guarda Municipal, gera uma maior sensação de insegurança na comunidade.
O Folha MS já mostrou o abandono do espaço em uma reportagem publicada em setembro de 2021. Mais de seis meses depois e após inúmeras promessas da Prefeitura para recuperação do local, inclusive como “Presente de Aniversário” para cidade, nada mudou.
Desde 2018, em todos os aniversários da cidade, são anunciados recursos que supostamente seriam investidos na reforma e inicio das atividades do local.
A falta de segurança e o pouco caso da prefeitura com o bem público, fez com que portas e janelas fossem depredadas e furtadas, quadro de energia retirado, a fiação elétrica, bem como pias, lâmpadas e até parte do gradeamento externo foram arrancados.
A unidade em questão, em 2018, foi supostamente beneficiada com o valor de R$ 169.616.71 para reforma implementação de acessibilidade, obra que nunca aconteceu.