Projeto de Lei institui o Mês de Maio em prol da saúde mental materna em Corumbá

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  • Post publicado:20 de maio de 2022

Apresentado esta semana na Câmara Municipal de Corumbá, um Projeto de Lei que institui o “Mês Maio Furta-cor”, destinado às ações de conscientização, incentivo ao cuidado e promoção da saúde mental materna. A proposta partiu da vereadora Raquel Bryk e maio foi escolhido por, no Brasil, estar ligado às mães.

As ações previstas na lei, conforme a vereadora, poderão ser desenvolvidas em reuniões, rodas de conversa, palestras, cursos, oficinas, distribuição de material educativo e informativo, entre outros.

Serão priorizadas ações de conscientização à população em geral sobre a importância da saúde mental maternal, incentivando os órgãos públicos, as empresas privadas, as entidades civis, as associações e as entidades de classe, para se envolverem no engajamento das campanhas objetos da Lei.

O Projeto de Lei prevê ainda que o “Mês Maio Furta-cor” passará a integrar o calendário oficial de eventos do Município de Corumbá, e que o Poder Executivo Municipal poderá firmar convênios junto às empresas privadas, entidades civis, associações e entidades de classe, para a execução das ações de conscientização e da importância da campanha.

Raquel explicou que a campanha “Maio Furta-cor” visa sensibilizar a população para a causa da saúde mental materna. “Mulheres que passaram por alterações hormonais normais dessa fase, são as mais suscetíveis a apresentar quadros de ansiedade e depressão”, observou em  sua justificativa.

“As alterações emocionais e psíquicas após o parto, podem incluir sintomas que variam entre a melancolia da maternidade, conhecida como ‘baby blues’, até as psicoses puerperais, passando pela depressão pós-parto, propriamente dita”, continuou.

“A depressão pós-parto (DPP), definida como um período instável, de alteração no âmbito social, psicológico e físico da mulher, após o nascimento do bebê e que acomete uma significativa parcela de mulheres no período puerperal”.

Citou ainda que “famílias desestruturadas, tripla jornada de trabalho, reduções salariais, desemprego, informalidade, aumento dos índices de violência doméstica e feminicídio são outros fatores que impactam na saúde mental materna”.

A organização Mundial da Saúde classificou as mulheres como o grupo mais vulnerável a questões relacionadas à saúde mental durante a pandemia do Covid-19. Segundo dados da FIOCRUZ, atualizados em janeiro de 2021, a depressão pós-parto acomete mais de 25% das mães no Brasil.

“Pouca ou nenhuma atenção tem sido dada aos fatores que vêm contribuindo ao sofrimento mental das mulheres nesse período bastante delicado de suas vidas. Nesse sentido, nós, o Poder Público, devemos criar mecanismos para promover discussões sobre as causas maternas e de aspectos que, nos últimos tempos, têm-se envolvido num crescente índice de depressão, ansiedade, esgotamento e até suicídio”, destacou, pedido apoio dos demais pares para aprovação da matéria.