Em discurso de lançamento de sua chapa com Geraldo Alckmin (PSB) neste sábado (07), o ex-presidente Lula (PT) afirmou que fará “a maior revolução pacífica da história”, e que o Brasil “precisa de calma e tranquilidade”. Ao discursar, Lula defendeu a gestão dos governos anteriores do PT, que é preciso recuperar a soberania brasileira e fez ataques ao governo Bolsonaro (PL).
“Eu tenho certeza de que na hora em que começar o trabalho e viajar o Brasil, e conversar com o povo, e que cada um de vocês começar a falar a verdade para esse país, tenho certeza que vamos conseguir fazer a maior revolução pacífica da história que o mundo conhece”, disse o ex-presidente.
O lançamento oficial da chapa de Lula e Alckmin ocorreu neste sábado (07), em evento no Expocenter Norte, em São Paulo. A pré-candidatura faz parte do movimento Vamos Juntos Pelo Brasil, composto por sete partidos: PT, PSB, PSOL, PV, PCdoB, Rede e Solidariedade.
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Estão presentes lideranças de movimentos sociais, de centrais sindicais, parlamentares dos partidos que compõem o movimento e também de legendas que ainda não declararam apoio a Lula, como o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). Também estavam no evento influenciadores e artistas.
País precisa de calma e tranquilidade
“Não é digno desse título o governante incapaz de verter uma única lágrima diante de seres humanos revirando caminhões de lixo procurando comida, ou de mais de 660 mil brasileiros mortos de covid”, disse Lula. Sem citá-lo nominalmente, o ex-presidente fez críticas contundentes a Jair Bolsonaro, defendendo que o atual governo é responsável pela volta da fome, pela crise econômica e pela perda de soberania do país.
Lula também criticou os ataques de Bolsonaro a instituições democráticas, como o Supremo Tribunal Federal (STF), e afirmou que o país precisa de “calma e tranquilidade” para poder se desenvolver.
“Chega de ameaças, chega de tensões artificiais. O Brasil precisa de calma e tranquilidade”, discursou o ex-presidente. “Não somos a terra do faroeste, onde cada um impõe a própria lei. Ninguém, absolutamente ninguém, está acima dela [da Constituição]”.
O ex-presidente ainda afirmou que “não nasceu para ter ódio”, e que sua atitude durante as eleições será diferente da de Bolsonaro. “A tarefa de restaurar a democracia exigirá de cada um de nós o compromisso de tempo integral. Não temos tempo a perder odiando quem quer que seja. Não faremos jamais como o nosso adversário, tentando mascarar a sua incompetência brigando com todo mundo e mentindo sete vezes por dia”, disse Lula.