O mês de março apresentou índices de chuva acima da média histórica em grande parte do Estado, com acumulados entre 120 e 240 milímetros, conforme dados do Monitor de Secas catalogados pelo CEMTEC/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), órgão vinculado à Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar). Entretanto, em 17 municípios persiste a situação de seca extrema, a maioria localizados nas regiões Sudoeste e Oeste, onde fica o Pantanal.
O Monitor de Secas observa a quantidade de chuva ocorrida em cada município com base nas amostras registradas pelas estações meteorológicas do INMET/SEMAGRO e CEMADEN. E classifica os municípios de 1 a 5 seguindo esses acumulados de chuva, sendo atribuído o valor 1 aos municípios que não apresentaram seca relativa (ou seja, choveu a mesma quantidade que a média histórica ou acima), 2 para aqueles onde ocorreu seca fraca, 3 para seca moderada, 4 para seca grave, 5 para seca extrema e 6 para seca excepcional.
Em março, nenhum município foi classificado no nível 1, ou seja, sem seca nenhuma, ou no nível 2, com seca fraca. Mas por outro lado, também nenhum apresentou seca excepcional (6). No nível de seca extrema (5) ficaram 17 municípios, sendo que 12 estão localizados nas regiões Sudoeste e Oeste (Porto Murtinho, Caracol, Bela Vista, Nioaque, Miranda, Antonio João, Jardim, Bonito, Guia Lopes da Laguna, Bodoquena, Anastácio e Ladário). Também foram classificados com seca extrema os municípios de Ponta Porã e Maracaju (Sul), Cassilândia, Paranaíba e Aparecida do Taboado (Leste). Outros 47 municípios foram classificados com ocorrência de seca grave (4) e 15 com seca moderada (3).
Em fevereiro, um município (Aparecida do Taboado) foi classificado com ocorrência de seca excepcional, 19 com seca extrema, 10 com seca moderada e 49 com seca grave. Sem seca ou com seca fraca não constou nenhum. Também em fevereiro, a gravidade da seca se concentrou nas regiões Sudoeste, Oeste e na Costa Leste do Estado.