Duramente criticado por evangélicos por ter se posicionado favorável à condenação do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), o ministro André Mendonça decidiu se explicar.
No Twitter, Mendonça escreveu:
“Como cristão, não creio tenha sido chamado para endossar comportamentos que incitam atos de violência contra pessoas determinadas; e, como jurista, a avalizar graves ameaças físicas contra quem quer que seja. Há formas e formas de se fazerem as coisas. E é preciso se separar o joio do trigo, sob pena de o trigo pagar pelo joio. Mesmo podendo não ser compreendido, tenho convicção de que fiz o correto”.
O voto de Mendonça decepcionou o presidente Jair Bolsonaro e irritou evangélicos e aliados do Palácio do Planalto. Havia uma expctativa de que o segundo ministro indicado por Bolsonaro à Corte pedisse vista do processo, o que interromperia o julgamento.
Dez ministros votaram pela condenação a 8 anos de prisão por ameaças e incitação à violência contra os integrantes do Supremo e a perda de mandato parlamentar.
Outro indicado por Bolsonaro ao STF, Kassio Nunes Marques foi o único a votar pela absolvição do deputado.