Prefeitura põe contribuinte para pagar duas vezes por “asfalto sem vergonha” na rua Cabral | Opinião

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  • Post publicado:24 de março de 2022
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O contribuinte corumbaense deverá arcar duplamente com os custos da pavimentação asfáltica realizada na rua Cabral.

O serviço contratado “a peso de ouro” pela prefeitura de Corumbá e pago através de um empréstimo feito junto ao Fundo de Investimentos da Bacia do Prata (Fonplata), não durou sequer um ano, para que os primeiros problemas nítidos de má execução da obra viessem à tona.

Todo transtorno poderia ter sido evitado se um acompanhamento de controle de qualidade tivesse sido realizado durante as obras, mas como o dinheiro não sai do bolso do contratante (no caso do prefeito), isso é o que menos importa em uma administração que demonstra não ter o mínimo apreço pela coisa pública.

Nesta quinta-feira, 24 de março, o município veio a público para dar uma triste notícia para o já convalido contribuinte corumbaense, cansado de arcar com as “peripécias” da atual gestão, que parece pensar que dinheiro público é confete de carnaval para sair jogando ao alto.

Ao contrário do que ocorre nas inaugurações dos maus-feitos, quando o chefe do executivo faz questão de aparecer recolhendo os “louros” daquilo que anuncia ser um marco da sua administração, dessa vez a missão de ser o emissário da má notícia, foi dada ao secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Ricardo Ametlla.

dinheiro ralo
Financiamento da obra foi realizado com empréstimo feito em dólar para o contribuinte corumbaense pagar

Depois de pegar a grana (R$ 4,1 milhões de reais) que emprestaram para o contribuinte corumbaense pagar e despejarem rapidamente nas contas da empresa responsável pela obra, a mesma, segundo disse o secretário, simplesmente desapareceu e não quer saber de dar satisfação aos supostos questionamentos da prefeitura.

Ricardo Ametla até disse que, em um primeiro contato com a empresa Santa Luzia, a mesma teria realizado os reparos solicitados nos defeitos que surgiram no trecho entre a rua Frei Mariano e a Antônio Maria, mas depois disso, a empresa não respondeu mais as notificações.

No entanto, o tamanho do prejuízo que ainda será desembolsado pelo contribuinte, sequer foi mencionado. Por enquanto a única certeza é o prejuízo, como o que ocorre gestão após gestão, em que cada prefeito usa do dinheiro público ao seu bel prazer para realizar obras sem qualidade, sem fiscalização e é claro, sempre milionárias.

Mas para um prefeito que insiste em pagar os mesmos R$ 4,1 milhões de reais à uma empresa para realização de um serviço oferecido gratuitamente pelo TJMS, isso não é nada. Nos bastidores dizem que já rola até bolão para ver quem será a empresa responsável por ganhar o suado dinheiro do povo, no reparo das ruas, como se isso fosse alguma surpresa.

Enquanto o dinheiro vai escorrendo pelo ralo, o emissário das más notícias tentou acalentar a paulada dada nos corumbaenses destacando que a prefeitura irá “cobrar judicialmente” a empresa responsável.

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