O Flamengo voltou a vencer o Vasco, hoje (20), por 1 a 0, no Maracanã, e avançou à final do Campeonato Carioca. O único gol do clássico foi anotado pelo volante Willian Arão. Com o resultado, o Rubro-Negro manteve o sonho pela busca do inédito tetracampeonato consecutivo do Estadual.
Na decisão, o Fla vai enfrentar o ganhador do confronto entre Fluminense e Botafogo, que iniciam amanhã (21), no Nilton Santos, o duelo da outra semifinal. Seis vezes tricampeão carioca de forma consecutiva, o time da Gávea almeja chegar ao tetra pela primeira vez na sua história. O clube já desperdiçou cinco oportunidades para concretizar esta marca.
O jogo deste domingo foi equilibrado e, diferente da primeira partida, o Vasco não se omitiu da partida. A equipe cruz-maltina criou chances, mas esbarrou em boas defesas de Hugo Souza. O Fla equilibrou o jogo e conseguiu abrir o placar no início do segundo tempo, com Willian Arão.
Os melhores: Arrascaeta, Lázaro e Figueiredo
Em tarde de pouca inspiração rubro-negra, Lázaro e Arrascaeta fizeram boas combinações pelo lado esquerdo e foram dos poucos destaques da equipe que não esteve em grande jornada. Com boas tabelas e aproximação, os dois incomodaram a zaga vascaína e encontraram brechas. Pelo Vasco, o destaque foi o jovem Figueiredo. Titular, o atacante se desdobrou dentro do campo. Marcava bem na faixa lateral do campo e tentava se apresentar também no ataque.
Os piores: Rodinei e Gabriel Pec
Escalado como ala pelo lado direito, Rodinei não fez bom jogo. Mal tecnicamente, foi mal também na formação da linha de zagueiros na hora da recomposição, levando Filipe Luís à loucura. Foi substituído por Matheuzinho, logo aos 5 minutos do segundo tempo. Diferente de Figueiredo, Gabriel Pec não esteve bem na partida. O jogador não conseguiu ser boa opção ofensiva, como de costume e também sofreu para recompor no momento defensivo da partida.
Ambiente de festa
Assim como ocorreu no primeiro jogo da semifinal, as duas torcidas deram um show no Maracanã. Com músicas de um lado e de outro, rubro-negros e vascaínos foram protagonistas na arquibancada durante o clássico.
Atuação do Fla: desorganização defensiva e pouca inspiração
Apesar de nova vitória e a vaga na final, o Flamengo voltou a dever no Maracanã, especialmente na etapa inicial. Disperso e sem aproximação, o time concedeu espaços ao Vasco, que se empolgou e teve chances claras de arremate contra Hugo. Com a linha defensiva “torta”, a equipe correu riscos desnecessários. O Fla se organizou um pouquinho mais na etapa final, embora os vascaínos tenham rondado a área. O time precisa evoluir para a decisão que pode valer o inédito tetracampeonato.
Atuação do Vasco: foi ao limite e conteve danos
A equipe entrou para disputar a segunda partida com uma postura diferente do que aconteceu na última quarta. A equipe foi aguerrida e disciplinada, mas não conseguiu superar a diferença de nível técnico diante do seu adversário. Após sofrer o gol, já sem muito físico, o time sentiu o ânimo e manteve postura segura, sem tentar correr tantos riscos. As atuações na semifinal mostraram que Zé Ricardo vai ter que aproveitar muito bem os próximos dias de trabalho para que o time seja um dos candidatos ao acesso à elite do Brasileirão.
Início diferente
O Vasco, que precisava de uma vitória por dois gols para se classificar, buscou ter a iniciativa da partida – diferentemente da última partida entre as equipes. O Flamengo tentava ter a bola, mas também saia bem em contra-ataques.
Nenê e Gabi perdem chances
O jogo seguiu equilibrado, sem que os ataques conseguissem criar boas chances. O camisa 10 vascaíno teve a primeira boa chance da partida, aos 23 minutos de partida. Lançado por Figueiredo, Nenê dominou e chutou cruzado. Hugo Souza precisou fazer boa defesa para evitar o primeiro da partida. Na sequência, em boa jogada do Flamengo, Pedro finalizou de dentro da área e Thiago Rodrigues salvou. No rebote, Gabigol finalizou, mas a bola explodiu em Edimar.
Vasco sente físico, e Flamengo controla
A pressão vascaína foi diminuindo com o passar dos minutos na etapa inicial. Sentindo o físico, após marcação alta, o time diminuiu o ritmo. O Flamengo melhorou e passou a ter mais posse de bola. Gabigol perdeu outra chance, tentando um voleio na área. Nenê, em outro chute de fora da área, também assustou.
Pressão vascaína
Precisando de dois gols e com menos tempo na partida, o Vasco buscou pressionar no reinício do jogo. Nenê e Edimar tiveram boas oportunidades, mas falharam na finalização. Com mais espaços em campo, o Fla também incomodou: Filipe Luís e Pedro pararam no goleiro Thiago Rodrigues.
Fla abre o placar
O jogo seguia equilibrado, mas o Rubro-Negro conseguiu sair em vantagem. Arrascaeta levantou na área e, após bate rebate, a bola sobrou para Willian Arão e, de dentro da pequena área, finalizou para abrir o placar.
Jogo franco
Precisando de três gols para classificar, o Vasco buscou com mais ímpeto o ataque. O Rubro-Negro se fechava e buscava incomodar nos contra-ataques. Gabigol perdeu boa chance cara a cara com o goleiro Thiago Rodrigues, enquanto Quintero, do Vasco, desperdiçou após cruzamento na área.
Final morno
Bem tranquilo na eliminatória e sem ser incomodado pelo Vasco, coube ao Flamengo controlar o resultado até o fim da partida. Com mais posse de bola, o Rubro-Negro criou chances, mas não conseguiu aumentar o placar. Marinho, que entrou na segunda etapa, falhou em duas oportunidades.
FICHA TÉCNICA:
FLAMENGO 1 X 0 VASCO
Motivo: Campeonato Carioca – partida de volta da semifinal
Data e horário: 20 de março de 2022 (domingo), às 16h (de Brasília)
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Rafael Martins de Sá
Assistentes: Daniel do Espírito Santo Parro
VAR: Carlos Henrique Alves de Lima Filho
Cartões amarelos: Gabi e João Gomes (FLA); Nenê, Luiz Henrique e Gabriel Pec (VAS). Gol: Willian Arão, aos 10’/2ºT
FLAMENGO: Hugo Souza; Fabrício Bruno, David Luiz (Léo Pereira) e Filipe Luís; Rodinei (Matheuzinho), Willian Arão, João Gomes, Arrascaeta (Marinho) e Lázaro (Vitinho); Gabi (Everton Ribeiro) e Pedro.
Técnico: Paulo Sousa.
VASCO: Thiago Rodrigues; Léo Matos (Weverton), Quintero, Anderson Conceição e Edimar; Zé Gabriel (Yuri Lara), Juninho (Luiz Henrique), Gabriel Pec (Bruno Nazário), Nenê e Figueiredo; Raniel (Vitinho).
Técnico: Zé Ricardo
