Enquanto o valor do combustível registra uma ligeira queda em postos da Capital sul-mato-grossense, consumidores do interior do estado reclamam da disparidade no valor cobrado nas bombas.
A diferença pode chegar a R$0,80 centavos por litro na comparação dos preços por exemplo, entre o valor da gasolina em Campo Grande e Corumbá.
A Capital do Pantanal, aparece com o combustível mais caro do estado de acordo com pesquisa divulgada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A divulgação apontou o preço médio da gasolina em Campo Grande de até R$ 6,38 enquanto em Corumbá, o valor médio nas bombas é de R$ 7,17 e valor máximo R$ 7,19.
Na capital sul-mato-grossense, a agência visitou 14 postos de combustíveis e apontou o preço da gasolina variando entre R$ 6,279 e R$ 6,499.
Já em Corumbá, a pesquisa foi realizada em oito postos, com variação de apenas cinco centavos no preço da gasolina comum. O valor mais baixo encontrado foi de R$ 7,13 e o mais alto R$ 7,19.
Em Três Lagoas, na região leste do Estado, a gasolina também é encontrada com preço médio de R$ 6,788, variando entre R$ 6,559 a R$ 6,999. No município de Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, o preço médio é ainda maior, de R$ 6,873, com preço variando entre R$ 6,849 a R$ 6,919.
Conforme o superintendente do Procon-MS (Órgão de Defesa do Consumidor), Marcelo Salomão, as vistorias nos postos têm sido muito importantes.
“Esse monitoramento é uma briga forte para manter o preço. No interior, o problema maior é com as distribuidoras e por isso estamos solicitando ao MP [Ministério Público] para continuar com essas rodadas de negociações”, afirmou.
Já em Corumbá, até a publicação desta reportagem não havia nenhuma manifestação do Procon municipal em relação a disparidade dos valores cobrados no município em relação ao preço médio do combustível encontrado em outras regiões.
Confira a tabela de preços divulgadas pela ANP em Corumbá
Aumento com estoque antigo
Na semana anterior, diversos postos de combustíveis de Campo Grande foram flagrados aumentando o preço dos combustíveis, ainda com o estoque antigo, de acordo com o Procon-MS. No dia 11 de fevereiro, a Petrobras anunciou aumento e a alta já foi repassada para as bombas no dia seguinte.
Segundo o Presidente do Sinpetro, Edson Lazarotto, o reajuste da gasolina foi de 4,85% o que equivale a 15 centavos. O preço do diesel também foi reajustado em 8%, ficando 26 centavos mais caro.
O último aumento ocorreu em outubro de 2021. Dois meses depois, em dezembro do ano passado, a Petrobras reduziu o valor da gasolina em 3,3% — a primeira queda desde junho.