De acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgadas na última terça-feira (25), a próxima variante do coronavírus que surgir deve ser mais contagiosa que a ômicron. Contudo, as autoridades também se questionam se ela será mais mortal.
“A próxima variante de preocupação será mais adequada, e o que queremos dizer com isso é que será mais transmissível porque terá que ultrapassar o que está circulando atualmente. A grande questão é se as variantes futuras serão ou não mais ou menos severas”, disse a líder técnica de covid-19 da OMS, Maria Van Kerkhove, em uma transmissão ao vivo da organização.
Só na última semana, a OMS registrou 21 milhões de casos de covid-19 confirmados, estabelecendo um novo recorde por culpa da ômicron. De acordo com um estudo das redes Vírus e Corona-ômica BR, a variante já representa 97% dos casos da doença no Brasil e mais de 90% em 13 estados, como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas.
O futuro ainda é incerto
Kerkhove também alertou sobre as teorias de que variantes futuras resultariam em doenças mais leves.
“Não há garantia disso. Esperamos que assim seja, mas não há garantia disso e não podemos apostar nisso”, disse a cientista.
Segundo o diretor de programas de emergência da OMS, Mike Ryan, o vírus deve continuar a evoluir antes de estabelecer um padrão e se tornar um “vírus comum”, que poderá ser mais sazonal ou afetar apenas grupos vulneráveis.
De qualquer forma, é importante reiterar que a Organização Mundial de Saúde não encontrou nenhuma variante nova e, durante transmissão ao vivo, eles estavam apenas analisando as possibilidades de um futuro que ainda não aconteceu.