O reajuste de 33% no piso salarial nacional dos professores da educação básica, que vai passar de R$ 2.886 para R$ 3.845 para quem trabalha 40 horas semanais, terá impacto grande nas contas de estados e municípios. Em Mato Grosso do Sul, além dos 10% de reajuste linear dado a todo o funcionalismo público, que contemplou, portanto, os professores, a categoria deve receber mais 20,8% após a decisão do presidente. É o que afirma o Presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira.
Ainda segundo Jaime, no Brasil, serão 2 milhões de profissionais que terão reajuste no salário. Segundo a Fetems, em Mato Grosso do Sul, a estimativa é que o reajuste contemple apenas 10 mil professores da ativa, dos 19 mil profissionais em atuação. Isso porque 9 mil são convocados e eles não terão o aumento salarial, mesmo cumprindo a mesma carga horária dos demais. A diferença no salário dos professores deve ser paga a partir de fevereiro já com o retroativo de janeiro.
“Estamos enfrentando um grande problema, já que a rede estadual tem 9 mil professores convocados, é praticamente a metade do total. Mesmo cumprindo as mesmas funções, eles estão ganhando quase metade do salário dos servidores efetivados. É um enorme abismo e vamos lutar para que esses profissionais tenham o mesmo direito ou que se realizem novos concursos públicos”, explicou Jaime.