Campo Grande (MS)- O Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), nesta segunda-feira, 24 de janeiro, confirma o falecimento de mais 11 pessoas em decorrência da Covid-19 em MS.
As mortes, segundo o documento, teriam ocorrido no período que corresponde aos dias 15 a 23 de janeiro, e entraram para estatística somente hoje devido ao atraso de atualização no sistema federal.
Cinco pacientes eram de Campo Grande e o restante do interior (confira tabela abaixo), e as idades variavam entre 46 e 88 anos.
A atualização eleva a média de mortes para a maior registrada nos últimos 114 dias, ou seja, desde 2 de outubro de 2020, o estado não registrava uma média de mortes tão alta.
Apesar dos números emitir um alerta quanto ao avanço da pandemia no estado, atualmente a média é de cinco óbitos por dia, número muito inferior ao registrado, por exemplo, no auge da pandemia, entre abril e junho do ano passado, quando o boletim apontava cerca de 56 mortes a cada 24 horas.
Os números são reflexos da vacinação, em estágio avançado dentro do estado que foi um dos pioneiros no país quanto a logística de distribuição e aplicação das doses que foram sendo enviadas aos estados pelo Ministério da Saúde.
Com aproximadamente 75% da população vacinada com as duas doses da vacina, o que se tem observado, apesar da crescente taxa de contágio, é uma redução não apenas do número de mortes em decorrência da Covid-19, como também uma queda expressiva do número de casos graves da doença.
No entanto, parte da população segue sem as doses de imunizante e a média de infecções cresceu exponencialmente, fazendo com que, proporcionalmente, as mortes aumentem.
O Estado tem registrado aumento expressivo de casos da doença, após o período festivo do fim de 2021, concomitantemente a chegada da variante Ômicron. Houve cerca de 1,4 mil casos por dia, na última semana, índice próximo ao registrado em junho do ano passado (o pico foi de 2 mil casos diários).
Mais de 402,7 mil sul-mato-grossenses tiveram covid, dos quais 9.794 morreram. Atualmente, há mais de 14,2 mil em isolamento e 260 internados em leitos clínicos ou de terapia intensiva.