Gasolina sofreu 11 aumentos de preço em 2021 e subiu mais de 40% no último ano em MS

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A média é de mais de 30 litros gastos por dia - Leonardo de França

Apesar da Petrobras ter anunciado uma redução de 3% no litro da gasolina em suas refinarias, foram 11 aumentos registrados em 2021. Nas bombas o reflexo é o aumento de 40,95% em um ano. 

Conforme os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em dezembro de 2020 o litro do combustível fóssil era comercializado pelo preço médio de R$ 4,59, enquanto na semana passada chegou a R$ 6,47.

Para encher um tanque de combustível com  capacidade para 50 litros há um ano, o sul-mato-grossense desembolsava R$ 229,50, já neste mês são necessários R$ 323,50 para comprar a mesma quantidade de combustível.  

A diferença sofre influência tanto do barril do petróleo tipo Brent, usado como referência pela Petrobras, quanto pela própria cotação do dólar que também variou no período, já que na conversão o valor em reais fica muito maior. 

Em dezembro do ano passado o dólar era cotado a R$ 5,19, enquanto nesta quarta-feira (22) foi a R$ 5,66.  

O barril de petróleo era comercializado a US$ 51,26 (ou R$ 266,03 com o dólar a R$ 5,19); ontem o barril era cotado a US$ 75,47-ou R$ 427,16 com o dolár cotado a R$ 5,66. 

O preço de paridade de importação (PPI) reflete os custos totais para internalizar um produto. É uma referência calculada com base no preço de aquisição do combustível.

Um problema apontado pelo mercado financeiro é que quando os preços do petróleo sobem a Petrobras registra aumento, mas quando o barril apresenta redução os combustíveis não têm queda.

“A forma de precificação da Petrobras é um assunto muito questionado há muitos anos , os postos sempre ficam na expectativa de redução porque quando ocorre aumento ao contrário de que muitos pensam é ruim para o consumidor e também para os postos. “Pois perdemos margem e volume de vendas”, explica o diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS), Edson Lazarotto.

O doutor em economia Michel Constantino disse ao Correio do Estado que a análise de reajuste e queda do petróleo é realizada a cada quinze dias. 

Se nesses quinze dias tiverem uma variação negativa a tendência é reduzir os preços, se a variação for positiva eles reajustam para cima.

“Além disso, o petróleo no mundo está em falta, a oferta é menor que a demanda, por isso, mesmo caindo o valor do barril, a maioria das vezes o preço da Petrobras não cai. Esse efeito é mais forte neste momento de falta global de petróleo”, analisa.

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