Apesar de alegar ter autorização, Buser segue dando “balão” em passageiros de MS

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Após divulgação de que três ônibus da Buser, de transporte rodoviário por aplicativo, foram apreendidos em fiscalizações da Agems (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul), a assessoria da empresa se manifestou por meio de nota enviada ao Campo Grande News.

A Buser afirmou que os veículos apreendidos contam com todas as licenças necessárias para realizar as viagens, seguindo o padrão em toda frota das empresas fretadoras parceiras da plataforma. Mas o chefe de fiscalização da Agems, Hélio Leite da Silva, contesta e explicou que nos três casos, os motoristas não apresentaram nenhum documento que comprove autorização para linha regular com o transporte de passageiros.

Segundo a nota, a empresa destaca que tanto a startup quanto as fretadoras parceiras recolhem todos os impostos, gerando importante receita para os cofres públicos e benefícios à população e que seu modelo de negócio é legal, justo e necessário para a moderna cadeia da mobilidade urbana, por isso, continuará trabalhando para oferecer viagens de qualidade e com segurança, a preço justo, e para que haja a modernização da legislação.

“Balão”

Na madrugada desta sexta-feira (17), mais pessoas tiveram a viagem adiada ou cancelada, porque o ônibus da Buser não apareceu no local combinado. Um idoso, de 64 anos, e mais três pessoas, entre 28 e 34 anos, registraram boletim de ocorrência contra a empresa Buser.

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Empresa teve três veículos apreendidos nas últimas semanas por irregularidades constatadas pela fiscalização da Agepan

As quatro pessoas relataram que compraram as passagens no dia 07 de dezembro, pelo aplicativo da empresa, para embarcarem na noite desta quinta-feira (16) às 23h59. O ponto de encontro era um posto de combustível na Avenida Costa e Silva, na Vila Progresso, em Campo Grande.

Conforme o boletim de ocorrência, as vítimas chegaram a entrar em contato com a empresa pelo chat eletrônico, informando que o ônibus não havia aparecido e que o local de espera era perigoso naquele horário, mas o atendente apenas pedia para que eles aguardassem e que informaria assim que tivesse confirmação.

Depois de horas esperando, junto com outros passageiros, por volta das 4h da madrugada, os quatro resolveram procurar a delegacia. O caso foi registrado como estelionato na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro.

Na manhã de ontem, quinta-feira (16), mais de 20 pessoas já haviam perdido viagem com a empresa, no mesmo local, depois que o motorista ficou sabendo das fiscalizações e apreensões realizadas pela Agems.