O IHP (Instituto Homem Pantaneiro), por meio do programa Felinos Pantaneiros, faz uma alerta a população sobre a prática de ceva – oferecimento de alimentos a animais silvestres para atraí-los – na região do perímetro urbano de Corumbá, onde foram avistadas onças-pintadas.
Após os primeiros registros de onças na região, a área tem sido monitorada pelo programa. Quatro onças-pintadas já foram identificadas na área de mata que fica na margem do Rio Paraguai oposta à cidade.
Nos últimos dias, foram encontradas carcaças de jacarés nas margens do rio. Todos os animais encontrados estavam com o rabo cortado, o que deixa claro se tratar de uma ação humana.
“O jacaré é uma das presas principais das onças. Eles são a principal fonte de alimento das onças que ocupam as margens dos rios. Jogar alimento em determinado ponto para as onças-pintadas ou outros animais silvestres é um crime, segundo a legislação ambiental de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso”, alerta o veterinário do IHP, Diego Viana.
O veterinário explica que a ceva pode colocar em risco os seres humanos, além dos próprios animais. Os ribeirinhos que vivem na região ficam mais expostos.
“A onça acaba associando a região com alimento. Se o alimento não está ali, pode gerar um acidente com seres humanos. Não levar alimentos até a região é fundamental para que a gente consiga manter a conservação das onças-pintadas, a segurança da população e, principalmente, a coexistência dos seres humanos e animais silvestres”, orienta Viana.
A recomendação do IHP é que, ao avistar uma onça-pintada, a população entre imediatamente em contato. Além disso, o registro em fotos e vídeos ajuda no monitoramento que tem sido realizado pelo programa Felinos Pantaneiros.